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FEMINICÍDIO

Acusado de enforcar até a morte esposa de 18 anos vai à júri nesta quinta

08 Nov 2016 - 08:24

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Tribunal do Júri

Tribunal do Júri

Está marcado para as 8h de quinta-feira (10) o julgamento de Rômulo Herani do Carmo, acusado de assassinar por enforcamento a própria esposa, Bruna Thalita da Silva Brito, de apenas 18 anos. O crime ocorreu em setembro de 2015 em uma chácara na região do Coxipó do Ouro. O Tribunal do Júri será presidido pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal da Capital.

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Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), Bruna Brito e Rômulo do Carmo foram casados por aproximadamente cindo anos. A motivação do crime teria sido o “sentimento de posse” que Rômulo nutria pela vítima, que supostamente o traía. “O denunciado, com inequívoco propósito de matar e por motivo torpe, esganou a vítima, de 18 anos, sua esposa, asfixiando-a até a morte”, consta da acusação.

Consta da peça que o pai da jovem assassinada, Francismario da Silva Brito, percebendo a agressividade do suposto companheiro, sempre foi contra o relacionamento. Somado ao fato da vítima ser menor de idade, denunciou Rômulo por estupro de vulnerável.

Segundo o MPE, na data do crime, em 15 de setembro de 2015, o casal foi até uma chácara pertencente à família do denunciado, localizada a beira do rio Coxipó do Ouro, para tomarem banho de rio. Durante o trajeto para a chácara, pararam em uma distribuidora de bebidas e compraram uma caixa de cervejas e gelo.

Ao anoitecer, testemunhas que residem próximo do local relataram que escutaram voz de mulher gritando por socorro, dizendo: “deixa eu explicar”. Uma testemunha disse, ainda, que queria ir até a beira do rio para socorrer a mulher, contudo, não foi por achar que o denunciado estaria armado e ligou para a polícia e, em seguida, ligou para a sua esposa que estava em outra chácara do outro lado do rio.

Esta, por sua vez, foi até próximo ao local para saber o que estava acontecendo, mas apenas conseguiu escutar a vítima dizendo: “Me ajuda! Me socorre!”; “Para! Eu não aguento mais!”, todavia, não conseguia escutar o que o homem falava para a vítima.

A testemunha ligou para a polícia e, poucos instantes depois, retornou ao local e perguntou o que estava acontecendo, tendo o denunciado respondido “Não esquenta não que é briga de marido e mulher. A gente já tá resolvendo aqui”.

Passados aproximadamente quinze minutos a testemunha não ouviu mais a voz da vítima, apenas o denunciado que falava no telefone que haviam ido lá para conversar, mas que acabaram discutindo por ciúmes.

Para o MPE, trata-se de feminicídio, crime cometido por motivo torpe.
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