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OPERAÇÃO RÊMORA

Delator da Seduc cumprirá 8 meses de domiciliar e promete devolver R$ 240 mil aos cofres públicos

02 Dez 2016 - 17:31

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Giovani Guizardi saindo do Gaeco

Giovani Guizardi saindo do Gaeco

Delator premiado, o proprietário da Dínamo Construtora, Giovanni Belatto Guizardi, deverá cumprir oito meses de prisão domiciliar, um ano em regime semiaberto e deverá devolver R$ 240 mil aos cofres públicos. Por conta do acordo, prestou depoimento ao Grupo de Atuação Especial em Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 16 de novembro.

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Conforme consta do termo de colaboração premiada, obtido pelo site Ponto na Curva, o valor que será devolvido ao erário público, R$ 240 mil representa o dobro do que supostamente teria Giovani Guizardi se beneficiado.

O réu foi liberado na quinta-feira (1º) para cumprir prisão em sua casa, após passar cerca de cinco meses na base do Serviço de Operações Especiais (SOE), em Cuiabá.

A colaboração foi assinada junto ao Núcleo de Ações de Competência Originárias (NACO) e foi homologado pelo Tribunal de Justiça (TJ), isto pois apresenta informações que envolvem pessoas com foro privilegiado, de modo que um magistrado de primeira instância, como a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, não teria capacidade para o feito.

Guizardi envolve em sua delação o nome do empresário Alan Malouf, que doou R$ 10 milhões para a campanha de Taques e disse ao delator que teria de recuperar esse dinheiro. O próprio Guizardi doou para o governador. Ele relata que colaborou com R$ 300 mil e que está é uma prática que tem o costume de fazer para não ter “dificuldades”. A assessoria de imprensa do empresário afirma que mesmo não tendo acesso aos autos, ressalta que Alan Malouf nunca foi líder de nenhuma organização criminosa.

Declara que no ano de 2015 foi criado informalmente uma organização criminosa a qual o fez parte e o intuito era arrecadar fundos ilícitos para fins de saldar pagamentos não declarados em campanhas eleitorais de 2014. O empresário afirma ainda que não fez parte da “criação” do esquema e entrou nele quando as fraudes já estavam acontecendo, sendo operadas pelo então secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB), Fábio Frigeri, Leonardo Guimarães e Ricardo Sguarezi.
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