A defesa do vereador Chico 2000, detido na tarde desta terça-feira (6), acusado de estuprar a enteada, de 11 anos, tentará revogar a prisão temporária (30 dias) decretada pela Justiça a pedido do delegado Eduardo Botelho, responsável pelo caso. O representante do parlamentar, Hélio Passadore, alega que o cliente é inocente e reforça que ele não estava foragido, uma vez que já havia procurado a Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente anteriormente para prestar depoimento.
Leia mais:
Vereador Chico 2000 se entrega após ter prisão decretada por estupro de enteada; Delegado investiga outros abusos; veja vídeos
De acordo com o advogado, o vereador estava em Rondonópolis (215 km de Cuiabá) quando foi comunicado sobre o mandado de prisão e retornou imediatamente à Capital. “Ele queria ter prestado esclarecimentos antes, na sexta-feira, mas o delegado não quis ouvi-lo. Hoje ele foi procurado pela Polícia primeiro e só depois o delegado veio falar comigo. Quando falei o que estava acontecendo, ele voltou imediatamente”, afirmou Passarode.
Chico 2000 se entregou à polícia na tarde de hoje. Ele era procurado pela acusação de estupro de vulnerável, crime cometido contra a enteada, de 11 anos, e foi ouvido pelo na Dedica. Depois, seguiu para Instituo Médico Legal para a realização de exames e de lá foi levado pelos investigadores até o Centro de Custodia da Capital. O vereador também será investigado por outras denúncias de abusos contra crianças e adolescentes.
Segundo Botelho a prisão, neste caso, é primordial à investigação. "Somente com o encarceramento provisório possíveis vítimas terão a tranquilidade de vir até a delegacia e produzirem provas necessárias contra ele. Existem denúncias indicando outros abusos cometidos por ele contra mais vítimas, isso será apurado agora com sua prisão", afirmou.
O caso
O caso veio à tona na segunda-feira (28), dois dias depois de a tia da menina ter denunciado o suposto crime e registrado um Boletim de Ocorrências (BO). Ainda de acordo com o registro no boletim de ocorrências, a mãe teria pedido para o namorado, o vereador, para que ele conversasse com a filha, uma vez que a achava triste e para convencer a menina para ficar na festa.
Conforme relatado pela tia da menina, o vereador teria pedido para a criança sentar em seu colo para conversar, entretanto, enquanto conversavam, o mesmo teria começado a passar a mão na vítima. A tia ainda relatou aos policiais que a sua sobrinha diante a situação saiu do colo do vereador e foi para outro quarto, sendo seguida por ele, onde teve novamente de sentar em seu colo e o mesmo voltou a passar a mão descendo até seus órgãos genitais.
Em entrevista ao Olhar Direto, Chico 2000 negou todas as acusações e disse que a garota é problemática.
