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OPERAÇÃO RÊMORA

Juíza mantém prisão de ex-assessor da Seduc acusado de compor esquema de fraudes

07 Dez 2016 - 11:28

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Fábio Frigeri

Fábio Frigeri

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, negou revogar a prisão preventiva do ex-assessor da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Fábio Frigeri, réu na ação penal oriunda da “Operação Rêmora”. Ele cumpre prisão preventiva no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde 03 de maio.

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Fábio Frigeri é o único réu da “Operação Rêmora” que acompanha à todas as audiências, inclusive propondo manifestações e perguntas, além de não furtar-se de ironizar as afirmações das testemunhas. Em seu pedido de liberdade, alega que houve constrangimento ilegal por parte da magistrada em determinar sua prisão.

A juíza Selma Arruda, por sua vez, considerou a necessidade da prisão preventiva, ressaltando o alto grau de periculosidade do réu.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a participação de Fábio Frigeri na organização criminosa ocorria por meio do "núcleo de agentes públicos" do esquema. Além deste, havia o "núcleo de operação" e o "núcleo de empresários".

Integravam o núcleo de operação Giovanni Bellato Guizzardi, Luiz Fernando da Costa Rondon e Leonardo Guimarães Rodrigues. São eles os mandatários dos servidores públicos e os encarregados de fazer os contatos diretos com os empresários que faziam parte do terceiro núcleo.

Entre os empresários do ramo da construção civil envolvidos no esquema destaca-se o ex-deputado estadual e governador de Mato Grosso, Moisés Feltrin que foi detido durante a Operação Rêmora. Feltrin é empresário do setor de construção e por determinação judicial seria conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos, mas como em sua casa foram encontradas armas de fogo, o mesmo foi detido em flagrante.

No total, o núcleo de empresários possui 23 empresários e pelo o menos 20 obras foram fraudadas durante a ação do cartel. O esquema de propina envolvia pagamentos de percentuais em obras que variavam entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões.

O outro lado:

Procurada por Olhar Jurídico, a advogada de Fábio Frigeri, Michelle Marie afirmou que considera a decisão injusta tendo em vista os elementos que comprovam a inocência do cliente. Acrescenta que a delação premiada feita por Giovanni Guizardi atenta para periculosidade maior por parte de alguns réus da “Rêmora” que por Frigeri, ao passo que apenas este se mantém preso. A defesa desconfia que esteja havendo proteção da justiça para réus “maiores”.
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