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Promotor diz que Gaeco vai buscar provas para delação e avisa: ‘Nada impede Rêmora 3’

08 Dez 2016 - 17:52

Da Redação - Jardel P. Arruda/Da Reportagem Local - Laise lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Promotor diz que Gaeco vai buscar provas para delação e avisa: ‘Nada impede Rêmora 3’
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio, afirmou que o Ministério Público Estadual irá buscar subsídios para as denúncias feitas na delação do empreiteiro Giovanni Guizardi e que nada impedirá a ocorrência de novas fases da Operação Rêmora.

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“A Operação Rêmora teve a primeira fase e a segunda. Estamos agora finalizando a segunda, que complementou a primeira e nada impede que tenha terceira, quarta e assim por diante. Vai depender de fatos e provas. Veja bem, delação não é prova, delação é meio de prova. Então tudo que ele diz a gente busca subsidiar”, ponderou Marco Aurélio, durante o evento com o juiz Sérgio Moro, em Cuiabá, na segunda-feira (06).

O chefe do Gaeco ainda ressaltou o fato de a delação de Giovani Guizardi acontecer de maneira diferente de outras, no meio do processo, ao invés de antes de ser oferecida denúncia. Por isso, segundo ele, ela se tornou pública aparentemente mais rápido do que outras, pois se tornou parte dos autos de um processo público.

“A delação do Giovani Guizardi é diferente de tudo que a gente já viu. É uma delação que ocorre no meio do processo. Por isso ela se tornou aberta. O sigilo se estendeu até a elaboração da mesma e sua homologação, que já ocorreu. O próximo passo é a produção das provas que vão acontecer naturalmente, ou seja, a audiência continua dia 12 e naturalmente virão as fases de memoriais e sentença”, explicou.

Na delação premiada, o empreiteiro Giovani Guizardi afirma ser operador de um esquema criado para desviar dinheiro de reformas e construção de escolas públicas a fim de quitar dívidas do caixa 2 da campanha eleitoral do governador Pedro Taques (PSDB) de 2014. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) seriam membros do núcleo do esquema, segundo o delator.

Ainda segundo a delação de Guizardi, esse esquema funcionaria desde gestões anteriores, quando a Secretaria de Estado de Educação era comandada pelo deputado federal Ságuas Moraes (PT). Contudo, a investigação do Gaeco focará quem não possui foro privilegiado, como as empreiteiras envolvidas, funcionários da Seduc e no ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB). Os autos foram enviados para Procuradoria Geral da República para serem tomadas medidas sobre os citados com foro privilegiado.
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