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Sábado, 11 de maio de 2024

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novo depoimento

Permínio alega que apenas foi "omisso" mas garante devolução de dinheiro desviado da Educação

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Permínio saiu sorridente do depoimento, mas não quis falar com os jornalistas

Permínio saiu sorridente do depoimento, mas não quis falar com os jornalistas

O ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, prestou depoimento nesta sexta-feira (27) na sede do Ministério Público Estadual (MPE). O interrogatório do ex-secretário durou pouco mais de duas horas. Durante a oitiva, ele voltou a negar participação no esquema investigado na Operação Rêmora e disse que apenas foi "omisso". No entanto, segundo seu advogado Arhtur Osti, o ex-secretário já se comprometeu a devolver o dinheiro desvido. 


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"Ele está fazendo um levantamento e ele vai depositar isso no próximo processo. Todo valor que ele recebeu ele vai devolver devidamente corrigido aos cofres públicos”, falou o adovogado.

Permínio teria sido questionado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre novos fatos que estão sendo investigados no âmbito da operação. A oitiva de Permínio é resultado de mais três investigações abertas pelo Ministério Público Estadual no dia 10 de janeiro. Segundo explicou o novo Coordenador do Gaeco, Marcos Bulhões, os inquéritos referem-se a alguns fatos que ainda não foram apurados durante as primeiras diligências da operação.

"Ele [Permínio] veio aqui e está confirmando os fatos que ele já levou em juízo. Ele assume que manteve uma postura omissão, ele não participou de nenhuma solicitação de vantagem indevida, de qualquer fraude em licitação, agora ele assume que deixou que algumas fraudes de fato ocorressem na Seduc”, explicou Osti.

Esses novos fatos, segundo o advogado, não teriam ligação com o ex-secretário. Segundo Osti, o ex-secretário não foi questionados sobre fatos referenteas à autoridades com prerrogativa de foro. Além do ex-secretário, mais cinco pessoas deverão ocorrer ser ouvidas até o final deste mês.

A série de interrogatórios continua no dia 30, no mesmo horário, quando o grupo recebe o empresário Giovanni Belatto Guizardi, delator premiado. No mesmo dia, às 16h, será a vez do ex-servidor Fábio Frigeri e no dia 1º de fevereiro, às 14h, o sócio-proprietário do Buffet Leila Malouf será ouvido pela segunda vez. A série de depoimentos se encerra às 16h deste mesmo dia, com oitiva do ex-servidor Wander Luiz dos Reis.

Delação

A terceira fase da “Rêmora" foi deflagrada após o acordo de colaboração premiada firmado pelo proprietário da Dínamo Construtora, Giovani Guizardi. O empresário citou Alan Malouf como um dos chefes da organização criminosa, a quem deveria entregar quantias em dinheiro, para que fosse então repassada para o deputado Guilherme Malouf (PSDB), primo de Alan, apontado como o verdadeiro “comandante” da Secretaria de Educação (Seduc).

Segundo o delator, Alan Malouf teria doado R$ 10 milhões para a campanha de Pedro Taques ao governo. Em contrapartida, o empresário recuperaria esse dinheiro por meio de propinas. Os encontros para organizar o esquema de repasses de dinheiro ilícito ocorreriam no buffet.
 
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