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ARCA DE NOÉ

Ex-deputado José Riva é reinterrogado em ação sobre desvios da AL com Arcanjo

24 Fev 2017 - 09:58

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

José Geraldo Riva

José Geraldo Riva

Será interrogado às 13h30 desta sexta-feira (24) o ex-deputado estadual José Geraldo Riva. A Sétima Vara Criminal, da juíza Selma Rosane Arruda, recebe o acusado para ouvi-lo a respeito dos supostos desvios milionários de dinheiro público na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O crime foi desbaratado pela “Operação Arca de Noé”, que gerou dezenas de ações penais. Em algumas delas figura como réu o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

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Segundo a magistrada Selma Rosane Arruda, o reinterrogatório ocorre a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) que pontuou que o réu confessou “práticas delitivas naqueles autos e atribuiu responsabilidade criminal aos demais acusados”.

Na última ocasião, de 30 de novembro de 2016, Riva foi ouvido separadamente. Desta vez, deverá incriminá-los na presença dos próprios, os réus Guilherme Da Costa Garcia, Luiz Eugenio De Godoy, Geraldo Lauro, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Varney Figueiredo de Lima e Nilson Roberto Teixeira.


A operação investigou e denunciou a organização criminosa supostamente encabeçada por João Arcanjo. José Geraldo Riva teria usufruído de factorings do ex-bicheiro para desviar recursos públicos da ALMT. Em fevereiro do ano passado, Riva admitiu possível existência de irregularidades na Casa do Povo. “Pode até haver irregularidades”, mas disse, à época, não crer que tenham desviado a cifra de R$ 100 milhões, que o MPE aponta. 

Afirmou, à época, o ex-deputado, que a prática de emissão de cheques pré-datados para pagamentos a empresas era comum, e que eventualmente eles caiam em mãos de factorings. Admitiu relações pessoais com João Arcanjo Ribeiro, que já descontou cheques de madeireiras na Piran Factoring, que também tinha relação pessoal com a Confiança Factoring. “Era muito comum a gente pegar cheques de terceiros e trocar na Confiança”, afirmou Riva. 

Alegou na ocasião que grande parte dos funcionários da AL recorriam aos serviços. “Não era menos de 30% dos funcionários da Assembleia Legislativa que pegavam empréstimo com Arcanjo”.
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