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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Selma Arruda aponta envolvimento de delegada da PJC em grampos ilegais

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Selma Arruda aponta envolvimento de delegada da PJC em grampos ilegais
A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, revela em despacho encaminhado à Corregedoria-geral de Justiça que pelo menos dois grampos ilegais operados em Mato Grosso teriam sido feitos a pedido da Polícia Civil de Mato Grosso. Até o momento só se tinha notícias de envolvimento de policiais militares no esquema. A informação é do jornal Diário de Cuiabá.

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Tatiana Sangalli Padilha e Caroline Mariano dos Santos tiveram seus telefones interceptados na modalidade “barriga de aluguel” a pedido da delegada Alana Derlene Souza Cardoso, afirma Selma Arruda, de acordo com Diário de Cuiabá.
 
“Esta delegada ocupava, na época, o cargo de Diretora de Inteligência da Policia Judiciária Civil, diretamente ligada à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o promotor de justiça Mauro Zaque de Jesus. Foi ela a coordenadora da Operação Fortis, da SESP. O ocorrido denota, a princípio, típico caso da chamada “barriga de aluguel”, que induziu tanto o Ministério Público quanto o juízo a erro”, diz trecho do documento proferido pela juíza Selma Arruda no último dia de 25 de maio. 
 
No esquema de “barriga de aluguel”, os números de pessoas que não são investigadas são colocados propositalmente na lista de telefones que precisam ser interceptados. Neste caso, Tatiana foi identificada como “Dama Lora” e Caroline como “Amiguinha”. Ambas inseridas no segundo pedido da “Operação Forti” em fevereiro de 2015, comandada pela Inteligência da Policia Judiciária Civil e que investigava crimes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT). 
 
 “Esclareço que, em relação à Operação Fortis, os áudios dos demais investigados foram remetidos regularmente ao juízo, restando não enviados apenas os desses dois alvos, eis que o relatório aponta que não houve conversa no período”, explica Selma Arruda no documento. 

Operação Querubim
 
Além da fraude envolvendo a Operação Forti, as duas mulheres acabaram sendo grampeadas de maneira legal na Operação Querubim, deflagrada um mês após a primeira. Neste caso a investigação era sobre uma suposto plano contra a vida do governador Pedro Taques (PSDB), que seria planejado por uma organização criminosa ligada a João Arcanjo Ribeiro. 
 
“Neste caso não há como afirmar que houve ‘barriga de aluguel’, já que os nomes e dados dos alvos interceptados foram efetivamente revelados pela autoridade policial, não se descartando, contudo, que possa ter havido a construção de [história cobertura], para dar legitimidade às escutas”, afirma Selma Arruda. 
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