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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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DECISÃO

Desembargador mantém prisão de coronel Zaqueu por grampos ilegais

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Desembargador mantém prisão de coronel Zaqueu por grampos ilegais
O desembargador Paulo da Cunha negou pedido de liberdade do coronel da Polícia Militar (PM) Zaqueu Barbosa. O militar está preso desde o dia 23 de maio após ser acusado de organizar um esquema de escutas ilegais em Mato Grosso.

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Conforme o advogado de Zaqueu, Flávio José Pereira, há constrangimento ilegal na decretação da prisão preventiva do cliente, violando direitos e garantias individuais.
 
Porém, o desembargador Paulo da Cunha, responsável pelo julgamento do pedido de liberdade, considerou que é necessário manter a prisão de Zaqueu devido à gravidade dos fatos apurados e para manter a ordem pública.
 
O caso

A Justiça de Mato Grosso determinou a prisão do ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa e do cabo Gerson Luiz Ferreira Golveia Júnior, suspeitos de participação no esquema de escutas ilegais nos últimos anos. 
 
Conforme os autos, as prisões foram medidas necessárias para garantia da ordem pública, visto que ambos possuem laços sociais que facilitariam a destruição de provas.
 
Reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, revelou na noite do dia 14 de maio, que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime nenhum no Estado. A matéria destaca como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”, dentre medicos, empresários, funcionários públicos etc.

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
 
A decisão pela prisão, do juiz da Vara de Crimes Militares, Marcos Faleiros, salienta ainda que a interceptações clandestinas geram intraquilidade por violação dos princípios básicos.

Cel. Zaqueu:

Era o comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso em outubro de 2015, quando o então secretário de Estado de Segurança Mauro Zaque denunciou o esquema de interceptações telefônicas ilegais. Em dezembro de 2015, Zaque deixou a SESP e boatos davam conta de um desentendimento com o cel Zaqueu. Em maio de 2017, foi decretada prisão preventiva de Zaqueu como um dos mandantes do esquema de grampos.
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