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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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DECISÃO

Juíza mantém prisão de João Emanuel em ação por crimes de estelionato

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juíza mantém prisão de João Emanuel em ação por crimes de estelionato
A magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, manteve prisão decretada em face do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima. A decisão, datada do dia 31 de março, foi estabelecida no processo proveniente da “Operação Castelo de Areia”, responsável por combater crimes de estelionato.
 
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João Emanuel requereu a revogação da prisão preventiva decretada em seu desfavor, aduzindo, em suma, que não se fazem presentes os requisitos que justificam a medida extrema. O ex-vereador destacou que os delitos imputados não são contemporâneos, alegando ausência de elementos concretos, bem como a falta de comprovação de que estaria impedindo ou dificultando a realização dos atos processuais. 

Em sua decisão, Selma desconsiderou os argumentos da defesa. “[...] nenhuma outra medida cautelar é capaz de produzir os efeitos desejados e suficientes à garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, salientou a magistrada.
 
Na Castelo de Areia, foram denunciados: o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima; o  juiz aposentado Irênio Lima Fernandes; os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima; o contador Evandro José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin. O processo tramita na Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Capital.

Consta na denúncia, que os acusados praticaram golpes milionários por intermédio  das empresa American Business Corporation Shares Brasil Ltda e Soy Group Holdin America Ltda.
 
Referidas pessoas jurídicas atuavam, em tese, no ramo de mercado financeiro com a captação de recursos no exterior, cujas taxas de juros teriam, supostamente, valor inferior ao praticado no Brasil, atraindo, assim, o interesse de investidores, agricultores e empresários.

“A suposta organização criminosa tem o seguinte modus operandi: inicialmente captavam pessoas que tinham interesse em obter empréstimos com juros menores ou de investir em empreendimentos imobiliários; em seguida acertavam o valor do suposto empréstimo ou do investimento, que são sempre de valores altíssimos; firmavam pré-contratos do suposto empréstimo/investimento; e, após, solicitavam determinada quantia (sempre valores altos, proporcionais ao valor do suposto empréstimo) que, segundo eles, era necessária para a concretização do empréstimo/investimento; após receber os valores repassados pelas vítimas começavam a dar “desculpas”, não empregavam os valores conforme prometido e tampouco devolviam as quantias pagas pelas vítimas”, diz a denúncia.

A liderança da organização, conforme a denúncia, era exercida pelo empresário Walter Dias Magalhães Júnior. “Para dar aparência de negócio lícito e seguro, a organização criminosa ainda contava com o auxílio do chinês Mauro Chen Guo Qin, que se apresentava como dono de um banco estrangeiro, e atuava diretamente na tratativa dos empréstimos fraudulentos. Por sua vez, Evandro José Goulart e Marcelo de Melo Costa participavam também ativamente na captação de vítimas e tratativas dos empréstimos fraudulentos”, acrescentou.
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