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OPERAÇÃO RÊMORA

Em depoimento, Alan Malouf alega que Taques sabia de esquemas para 'Caixa 2'

08 Jun 2017 - 13:17

Da Redação - Patrícia Neves / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Alan Malouf na Sala de Audiências

Alan Malouf na Sala de Audiências

O empresário Alan Malouf confessou na tarde desta quinta-feira (08) que as acusações do Ministério Público Estadual (MPE) são verdadeiras. O sócio-proprietário do Buffet Leila Malouf é acusado de participar do esquema investigado pela "Operação Rêmora", que apurou esquema de fraudes em licitações e pagamentos de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).

Durante o depoimento, Malouf citou nome de importantes figuras do alto escalão da política mato-grossense, entre eles está o nome do governador Pedro Taques. Logo após a repercurssão do depoimento, o governador manifestou-se oficialmente negando qualquer tipo de acusação contra o seu nome. Além de Taques, o deputado estadual Guilherme Malouf (PSDB) e o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) também foram citados no depoimento. No fim da audiência, o promotor Carlos Zarour informou que, como de rotina, os depoimentos serão encaminhados a Procuradoria Geral da República, órgão responsável por tratar de casos de autoridades com prerrogativa de foro. 

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Segundo o MP, a investigação realizada aponta um esquema de fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas que teriam ocorrido na Seduc-MT. As irregularidades nos processos licitatórios teriam começado a ocorrer a partir de outubro de 2015 e envolveram pelo menos 23 obras de reforma e construção de escolas públicas que totalizam mais de R$ 56 milhões.

Acompanhe detalhes da oitiva:

13h50 -
Em um depoimento rápido, o engenheiro Edézio Ferreira da Silva explicou que tudo o que fez foi completamente legal. O servidor também alegou que tem certeza de sua absolvição e que ele é o maior injustiçado nesta ação penal. 

13h50 - A oitiva de Alan é encerrada. Em sua considerações finais ele reforçou que o governador Taques sabia do esquema, sabia do Caixa 2 e 'prometeu mexer pauzinho' pra soltar Permínio do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).  O próximo a ser ouvido será o engenheiro que atuava junto à Seduc, Edézio Ferreira da Silva.

13h44 - Alan afirma que certa feita se reuniu com Pedro e Paulo Taques e relembrou eles que Guizardi havia doado R$ 200 mil para a campanha. O governador teria dito que resolveria esse problema. Após a prisão de Permínio, Alan Malouf voltou a procurar o governador, que lhe respondeu que ficasse tranquilo, "que ia dar um jeito de soltá-lo".

13h37 - Ainda segundo ele, Guizardi teria insistido para que Alan Malouf entrasse no esquema, que era liderado por Permínio Pinto e Fábio Frigeri. O esquema servia para pagar dívidas de campanha de Nilson Leitão.  

"Eu nunca participei de reuniões com empresários, eu nunca fui na Seduc, mas de fato, eu vou repetir para a senhora, eu me beneficiei de R$ 260 mil [do esquema]. Em março ou abril de 2015, o empresário Giovani Guizardi me pediu para que eu lhe apresentasse o Permínio porque ele queria negociar contratos da Seduc. Em um segundo momento o Giovani veio até mim e me disse; ‘olha está havendo ali na Seduc um esquema para pagar as contas de campanha’.", declarou o empresário. 

Alan Malouf, neste momento, faz uma declaração polêmica. "Campanha de Pedro Taques ao Estado" recebeu Caixa 2 e ele sabe disso".

13h32 - O empresário confirma que é amigo de Giovani Guizardi, apontado como operador do esquema pelo Ministério Público Estadual há mais de 12 anos. Disse ainda que entregou a quantia de R$ 40 mil para o deputado Guilherme Maluf, que nega qualquer tipo de

13h31 - O empresário declara ainda para a juíza que em determinada ocasião na sala onde eram feitos os esquemas criminosos, no  edifíco Avant Garden, estava o empresário Giovani Guizardi (que aparentava embruiaguez) acompanhado de um delegado, que não foi identificado.

13h28 - Alan Malouf diz que o governador lhe pediu uma espécie um "empréstimo" no fim de sua campanha.

13h26 - Alan Malouf confirma que doou mais de R$ 2 milhões para a campanha de Pedro Taques ao Estado. Desse montante, Malouf foi ressarcido, via propina, em R$ 260 mil, restando, por tanto, cerca de R$ 1,8 milhão em "crédito" de propina com o Estado.                   

Diz Alan Malouf que por ser próximo do governador acompanhava ele, porém garante: "sem maiores interesses". Questionado pela juíza se o governador sabia do esquema, Alan dispara. "Ele estava ciente".
   
13h20 - Em depoimento, ele disse que "estavam arrecadando dinheiro das empreiteiras para pagar as contas de campanha", explicou Giovani Guizardi. 

13h19: Questionado pela juíza Selma Rosane Arruda se a acusação que pesa contra ele é verdadeira, o réu confessa: "É verdadeira". E diz que, de fato, participou de um esquema de fraudes na Seduc e que por isso está "muito arrependido", adiantando que irá confessar seus crimes.
 
 
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