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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Curvo acredita que Lava Jato pode atrasar investigação sobre grampos e crê em eliminação de provas

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Curvo acredita que Lava Jato pode atrasar investigação sobre grampos e crê em eliminação de provas
O procurador geral de Justiça, Mauro Curvo, avalia que o andamento da operação Lava Jato pode acabar atrapalhando a rapidez da investigação sobre o esquema de grampos ilegais operados em Mato Grosso por policiais militares. O motivo: as duas apurações estão nas mão da Procuradoria-Geral da República, que deve manter o foco na operação sobre desvios que atingiram cifras bilionárias.

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Além disso, Curvo crê que os envolvidos nos grampos em Mato Grosso já tiveram tempo suficiente para destruir as provas possíveis. “Eu digo que não vai encontrar [as escutas], porque quem fez isso já acabou com tudo. Não vai encontrar conversa de ninguém. Quem fez isso já acabou com tudo”, avaliou.
 
Apesar disso, os rastros deixados pela operação criminosa ainda podem ser encontrados. Os grampos foram feitos na modalidade “barriga de aluguel”, quando uma operação em curso é usada para incluir pedido de interceptação telefônica de pessoas que não são investigadas.
 
“Você prova a interceptação documentalmente. Você prova porque ela consta de um pedido. Antes de constar de um pedido, ela consta de um relatório de inteligência. Ela consta de uma decisão judicial e houve um desvio do sinal por parte da operadora. Então você prova que o crime aconteceu, você não vai encontrar o objeto material”, explica.
 
Pente fino
 
A investigação do crime está sendo feita pela PGR, mas paralelo a isso o MP em MT está tentando descobrir se houveram mais grampos ilegais solicitados por policiais militares. A instituição está fazendo um pente fino nas solicitações de interceptações de setembro de 2014 até hoje em todas as promotorias.
 
“A gente dividiu [o pente fino] em dois prazos. A gente deu um prazo mais curto para a pessoa nos responder se existe algum desses relatórios passou por lá [na promotoria] nesse período e então é sim ou não. E ai o prazo mais alongado é pra fazer a checagem do conteúdo desses onde eventualmente existir isso que está ai”, explicou.
 
As informações levantadas deverão ser encaminhadas para a PGE para colaborar com a investigação. Esse procedimento á foi feito quando nas últimas semanas se confirmou que até um telefone funcional do Gaeco foi grampeado. 
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