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OPERAÇÃO SODOMA

Ex-governador Silval desiste de interrogatório nesta terça; juíza ainda decidirá pedido

12 Jun 2017 - 08:52

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Silval da Cunha Barbosa

Silval da Cunha Barbosa

O ex-governador Silval da Cunha Barbosa desistiu de ser interrogado nesta terça-feira (13) pela juíza da Sétima Vara Criminal Selma Rosane Arruda. O pedido de desistência foi protocolizado na última sexta-feira (09) pela sua nova equipe de defesa, os advogados de Brasília Délio Lins e Silva e seu filho. A magistrada ainda não decidiu se acata a desistência ou não. A decisão poderá ser proferida ainda hoje.

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O político seria interrogado no âmbito da ação penal oriunda da “Operação Sodoma I” e, segundo se especula nos corredores do Fórum de Cuiabá, confessaria parte dos crimes cometidos. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa instalada no Estado para desviar recursos públicos por meio do programa Prodeic.

Ao Olhar Jurídico, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) confirmou que Selma Arruda recebeu o pedido de desistência de interrogatório dos advogados de Silval Barbosa. Ainda não se sabem os motivos para o pedido, mas sabe-se que Silval anda tendo dias agitados desde a recente troca de equipe de advocacia. O ex-governador estuda uma confissão ou até mesmo uma delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE).

Caso a desistência se confirme, o interrogatório do réu retorna para uma das datas que haviam inicialmente sido agendadas, na primeira semana de julho, junto aos demais réus, ainda no âmbito da “Operação Sodoma”.

Entenda o Caso:

A Sodoma, que prendeu Silval Barbosa, foi deflagrado no dia 15 de setembro de 2015 pela Delegacia Fazendária (Defaz), com apoio das demais unidades especializadas da Polícia Civil, além de toda a estrutura da Secretaria de Segurança Pública especializada da área de Inteligência, do Laboratório de Combate a Lavagem de Dinheiro e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
 
A operação apontou, em momento inicial, um suposto esquema criminoso no Governo de Mato Grosso, que atuaria fraudando concessões de incentivos fiscais. Em momento posterior, a mesma operação desvendou fraudes em desapropriações e vendas de terrenos em Cuiabá.

Os advogados que atuavam na defesa do ex-governador tentaram de várias formas a reversão da prisão. Um pedido de anulação da Operação chegou a ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, porém, sem o efeito esperado.

Entre os nomes envolvidos na Sodoma, além de Silval, constam os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf, Marcel de Cursi. A possível delação de Silval, caso acatada pela Justiça, poderá causar grande impacto na política de Mato Grosso.
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