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ESTRATÉGIA

Confissão de Silval pode gerar perdão judicial, diz defesa do ex-governador

13 Jun 2017 - 20:00

Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Advogado Délio Lins e Silva Júnior

Advogado Délio Lins e Silva Júnior

O advogado Délio Lins e Silva Júnior, que defende o ex-governador Silval Barbosa dos esquemas de corrupção investigados nas diferentes etapas da operação Sodoma e Seven, afirmou que a confissão de crimes pode gerar perdão judicial. De acordo com ele, a defesa deve agora estudar as próximas estratégias com a conversão da prisão em domiciliar, nesta terça-feira (13).

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Silval chegou a ter cinco pedidos de prisão, mas dois já haviam caído. A decisão da juíza Selma Arruda desta terça converteu todas em domiciliar mediante o compromisso de pagamento de R$ 46 milhões em bens do ex-governador e com a confissão.
 
De acordo com Lins, a mudança de estratégia, com Silval admitindo crimes, visava desde o começo que o ex-chefe do Executivo pudesse ir para casa. “A decisão se baseou no novo comportamento do Silval, que de umas semanas pra cá começou a contribuir, prestou os depoimentos inclusive esclarecendo vários pontos. Eu faço questão de deixar claro que não existe delação premiada, nenhuma tratativa nem com Ministério Público Estadual nem com Ministério Público Federal. foi uma iniciativa da juíza, uma nova linha de defesa que a gente resolveu adotar”, explicou.
 
“Ele está confessando algumas coisas que ele realmente tem culpa, negando outras muitas que eles está sendo acusado injustamente. A nova linha vai ser essa”, resumiu o advogado. Na visão de Délio, se continuasse com a antiga postura, Silval iria acabar sendo condenado por tudo o que lhe era atribuído, incluindo crimes que não cometeu.
 
“Ele optou por confessar algumas condutas que ele praticou e se defender de outras que são acusações infundadas. Da forma como estava, com cinco ações penais, ele preso aqui, ia acabar sendo condenado a sei lá quantos anos e em todas as ações por tudo e agora ele vai conseguir separar o joio do trigo e conseguir se defender do que efetivamente ele tem para se defender e confessar o que ele tem que confessar”.
 
“A colaboração tem a finalidade de conseguir o que a gente está conseguindo agora, a soltura dele para ele poder se defender com mais calma, poder exercer a defesa dele de uma forma mais ampla”, diz o advogado. “A segunda finalidade mais a frente, no caso de condenação, é conseguir os benefícios que a lei garante a quem confessa”.
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