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Sodoma

Problema médico de delator obriga juíza a remarcar depoimento de Silval Barbosa

04 Jul 2017 - 18:20

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Lázaro Thor Borges

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Problema médico de delator obriga juíza a remarcar depoimento de Silval Barbosa
A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, remarcou a data do depoimento do ex-governador Silval Barbosa para o dia 20 de julho. O interrogatório estava previsto para acontecer na próxima quarta-feira (05). A magistrada também informou a data da oitiva dos outros investigados nas denúncias referentes à Operação Sodoma.

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Conforme a programação divulgada pela magistrada, Silval deverá depor no dia 20 de julho, a partir das 13h30. A mudança se deu por conta da internação de um dos colaboradores da Sodoma em um hospital. Ele só estará em condições a partir do dia 13, por conta disto, aconteceram as alterações.
 
Este será o primeiro depoimento do ex-governador após a confissão de ter cometido os crimes. Silval foi solto após entregar bens avaliados em cerca de R$ 47 milhões para alienação, que garantiram a ele a saída do Centro de Custódia da Capital (CCC), após um ano e nove meses desde que houve a primeira fase da Sodoma.
 
No dia 21 de julho, devem depor o empresário Alan Malouf e o ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo. No dia 25 do mesmo mês, serão ouvidos o advogado Levi Machado de Oliveira e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima.
 
No dia 27 de julho serão interrogados o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves e o empresário Valdir Piran. Um dia depois, será a vez do ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi.
 
As diligências evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa.
 
Ficou comprovado na investigação que, além de Silval Barbosa, participaram da fraude Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso, Filinto Muller, e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.
 
De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, metade, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.
 
De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) pertencia a Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e Chico Lima.
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