O ex-governador Blairo Maggi (PP), hoje ministro da agricultura, teria usado R$ 260 milhões em precatórios para abastecer o sistema financeiro que comprava apoio parlamentar em Mato Grosso. A informação foi publicada pelo Estadão nesta segunda-feira (10) e consta, segundo o jornal, da delação firmada pelo ex-deputado estadual José Geraldo Riva. Logo após a publicação da matéria, Riva se manifestou negando o conteúdo da reportagem.
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O advogado Rodrigo Mudrovisch, que patrocina a defesa de Riva, foi enfático ao negar tudo o que foi publicado por Estadão. De acordo com ele, além de não ter firmado acordo de colaboração, Riva nunca prestou depoimento com as informações mencionadas na reportagem.
De acordo com a reportagem do Estadão, Maggi teria autorizado o pagamento de causas judiciais para a construtora Andrade Gutierrez, no valor de R$ 260 milhões, para abastecer uma conta-corrente usada por deputados estaduais e integrantes da base de apoio do governo.
“Os pagamentos de precatórios foram realizados entre março de 2009 e dezembro de 2012”, afirma a matéria. O esquema com precatórios seria – de acordo com o texto – apenas parte da manobra financeira para compra de apoio.
A delação
Apesar da negativa da defesa de Riva, de acordo com o que apurou o Estadão, o acordo de colaboração entre Riva e a PGR teria sido finalizado na última sexta-feira (10). À reportagem, Maggi declarou que os pagamentos de precatórios seguiram o rito legal.
