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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Silval é reinterrogado para confessar desvios de R$ 7 milhões no Intermat

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Silval é reinterrogado para confessar desvios de R$ 7 milhões no Intermat
O ex-governador Silval da Cunha Barbosa será reinterrogado nesta quarta-feira (19), pela magistrada Selma Rosane Arruda para que sejam confessados os crimes descritos pela operação “Seven”.
 
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Investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) revelam que Silval foi o principal responsável pelo desvio de R$ 7 milhões das contas do Intermat (Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso), no final de 2014. 

As investigações do Ministério Público apontaram que no ano de 2002, o empresário Filinto Correa da Costa negociou com o Governo do Estado uma área de aproximadamente 3,240 hectares pelo valor de R$1,8 milhões.
 
Ocorre que, no ano de 2014, 727 hectares dessa mesma área foram novamente vendidos ao Governo, dessa vez pelo valor de R$7 milhões. Filinto da Costa foi denunciado pelo crime de peculato.
 
Foram denunciados pelo mesmo crime os dois servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente Francisval Akerley da Costa e Cláudio Takayuki Shida. Eles foram responsáveis pela elaboração de pareceres favoráveis à manobra e da minuta de decreto. 

Os promotores explicam que para dar legitimidade à transação, o ex-governador, contrariando dispositivos legais expressos, transformou a unidade de conservação do tipo “parque” em unidade de conservação do tipo “Estação Ecológica”.
 
Nesses casos, a legislação federal não exige a realização de estudos técnicos ou audiências públicas. O esquema contou com a participação do ex-secretário da Casa Civil e do ex-presidente do Intermat. 

Silval Barbosa foi denunciado pelos crimes de peculato, por integrar organização criminosa e ordenar despesa não autorizada por lei. Além dele, foram denunciados pelos mesmos crimes o ex-secretário Pedro Jamil Nadaf, o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, o ex-procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho e o ex-secretário adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) Wilson Gambogi Pinheiro Taques. 

Já o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, responsável por ter elaborado laudo de avaliação econômica da área mesmo sem ter competência técnica para prática do ato foi denunciado pelos crimes de integrar organização criminosa e peculato. Foi também denunciado pelo crime de ordenar despesa não autorizada por Lei o ex-secretário de Planejamento de Mato Grosso, Arnaldo Alves de Souza Neto, ele foi responsabilizado por disponibilizar R$7 milhões do caixa do Governo Intermat para realização do pagamento. 
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