A Justiça de Mato Grosso recolocou na última quarta-feira (19) a tornozeleira eletrônica instalada no administrador de empresas Hélio Cardoso, processado pelo Ministério Público Estadual por ter agredido e mantido em cárcere privado sua ex-esposa, a contadora Monique Cecília Martins Santin, de 24 anos. A reiinstalção atendeu pedido do próprio Hélio.
 
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Ainda no dia 19 de julho foi homologado o divórcio entre as partes, durante audiência de conciliação. Helio Pereira Cardoso Neto é filho de um sócio de shopping de Cuiabá.
 
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a vítima era mantida presa dentro da própria casa, sem convivência com parentes e amigos. 
 
Ainda segundo o órgão ministerial, Monique era agredida com socos na cabeça, só podia fazer necessidades fisiológicas na presença do marido e quando saia, tinha de manter a cabeça baixa.
 
Um relatório médico, juntado aos autos pela defesa do acusado, aponta que o empresário sofre de transtorno de personalidade. Ele foi usado como base para revogar o mandado de prisão preventiva, ainda em 2016.
 
Antes da audiência do dia 19 de julho, Monique afirmou ao Olhar Direto que sofreu novas perseguições por parte do acusado. A jovem ainda acrescentou que Hélio “é maldoso e tem ódio no coração”. 

O outro lado

A defesa de Hélio entrou em contato com o Olhar Jurídico e esclareceu que a tornozeleira foi reinstalada a pedido própio. O equipamento será mantido por 45 dias, podendo se ausentar de cuiabá em um perímetro de 200 Km.