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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Corregedoria aceita reclamação de Faiad e abre processo contra Selma por “dar entrevistas”

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Corregedoria aceita reclamação de Faiad e abre processo contra Selma por “dar entrevistas”
A juíza Selma Rosane Arruda, responsável pela prisão de figuras do alto escalão político mato-grossense tornou-se alvo de um processo na Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), após reclamação do advogado Francisco Faiad, réu em ações criminais que tramitam na 7ª Vara Criminal.

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Entre as alegações apresentadas por Faiad, que tiveram o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), está a de que Selma Arruda tem ‘pretensões políticas’ e que age utilizando a imprensa para se autopromover ao conceder entrevistas.

As principais irregularidades denunciadas por Francisco Faiad são: emissão de juízo depreciativo sobre decisão judicial, manifestação de opinião sobre processo pendente de julgamento, criminalização da advocacia, sucessivos vazamentos de diálogos e delações, além de comportamento imprudente perante a imprensa.

Este último referente a um comentário feito pela juíza contra o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que concedeu habeas corpus a ex-primeira-dama Roseli Barbosa. Na ocasião, Selma teria dito que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) é composto por pessoas que “entraram pela janela”, em suposta referência ao ministro Gilmar Mendes e sua atuação política no Tribunal.

A magistrada respondeu nos autos que “nenhum dos atos apontados são verdadeiros”. Selma também alegou que o processo tem apenas a finalidade de afastá-la do cargo, como Faiad já havia tentado em exceção de suspeição que foi negada. A juíza também anexou no processo trechos dos inquéritos que apontam que Faiad teria participado de organização criminosa para desviar dinheiro público.

A desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, Corregedora-Geral de Justiça, entendeu que seria mais esclarecedor abrir o procedimento para apurar se houve realmente as irregularidades apontadas pelo advogado. “concluo ser necessário uma melhor investigação da conduta praticada pela magistrada”, escreveu a corregedora que concedeu a abertura de sindicância para averiguar as denúncias.

Ainda assim, desembargadora não permitiu o afastamento cautelar de Selma Arruda, conforme inicialmente pedia Faiad. A juíza da 7ª Vara Criminal deverá apresentar defesa por escrito em até 10 dias. A decisão foi tomada no dia 26 de junho deste ano. 
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