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Servidor da AL nega participação em desvio de R$ 60 milhões em esquema com Riva: “eu fazia de boa fé”

03 Ago 2017 - 15:00

Da Redação - Lázaro Thor Borges/ Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia

Foto: Paulo Victor Fanaia/Olhar Direto

Servidor da AL nega participação em desvio de R$ 60 milhões em esquema com Riva: “eu fazia de boa fé”
O Ex-secretário de Administração, Patrimônio e Informática da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Djalma Ermenegildo, prestou depoimento a juíza Selma Rosane Arruda nesta quinta-feira (03) e negou ter auxiliado no desvio de R$ 60 milhões através da compra fraudulenta de materiais de escritório para ALMT.

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Ermenegildo, que atualmente trabalha na secção do Fundo de Apoio Parlamentar (FAP) da Casa de Leis, confirmou a juíza da 7ª Vara Criminal que atestava as compras de materiais de consumo interno. Mas, segundo ele, os documentos vinham da secretaria, na época sob a administração do servidor Ademar Adams, que também é réu no processo.

O réu explicou a juíza que não sabia do destino das compras: “Eu fazia de boa fé”, argumentou ele durante a oitiva. Somente quando foi nomeado secretário é que passou a se preocupar se as notas eram ou não verdadeiras, um cuidado que jamais teve antes, segundo ele mesmo afirmou. "Diziam que não era entrega para AL, era entrega para deputados, para os trabalhos nas bases...". Na audiência, Djalma também negou ter destruído os documentos das compras, motivo pelo qual foi preso em 2015.

Entenda o Caso:
 
A “Operação Imperador” foi deflagrada em 21 de fevereiro de 2015 pelo Gaeco. O ex-parlamentar José Riva e sua esposa, Janete Riva - que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis - foram denunciados juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e proprietários de cinco empresas utilizadas no 'esquema'.
 
Segundo consta da denúncia, a organização criminosa supostamente liderada por José Riva fraudou, entre 2003 e 2009, a execução de contratos licitatórios na modalidade carta convite, pregão presencial e concorrência pública, visando à aquisição simulada de material de expediente, de consumo e artigos de informática. 

Durante as investigações, foi constatado que os materiais adquiridos não foram entregues, embora servidores tenham atestado as notas de recebimento e a Assembleia Legislativa tenha efetuado os pagamentos. 

As cinco empresas envolvidas no esquema são: Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME e Servag Representações e Serviços Ltda.

Os autos contra José Riva e Djalma Ermenegildo foram desmembrados do processo principal. Os motivos foram as prisões preventivas decretadas contra ambos, ainda em 2015.

Foram denunciados, além de José Riva e e sua esposa, Janete Riva, servidores públicos e empresários. São eles: Djalma Ermenegildo, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Junior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges e Jeanny Laura Leite Nassarden.
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