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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Perri pede para ser investigado pelo TJ em denúncia de grampos contra juízes

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Orlando Perri

Orlando Perri

O desembargador Orlando Perri, relator do processo judicial que trata dos casos de grampos ilegais em Mato Grosso, enviou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJMT), Rui Ramos, pedindo para ser investigado. Perri foi acusado de também ter utilizado de grampos ilegais para investigar juízes supostamente envolvidos no escândalo da maçonaria. A denúncia foi registrada em cartório pelo coronel Airton Benedito Siqueira Junior. 

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No documento, datado do dia 21 de julho, Perri afirma que a denúncia do militar foi feita apenas para ‘desacreditar’ as decisões que já foram tomadas por ele e suspendê-lo dos processos dos grampos. No ofício, o desembargador também voltou a afirmar que vem sofrendo ameaças por ter dado continuidade ao processo.

“Como é do conhecimento de Vossa Excelência, há mais de quarenta (40) dias venho recebendo, de interlocutores, ameaças veladas em razão da atuação, na qualidade de relator, nos casos da popularmente nominada grampolândia pantaneira, instalada em larga escala no âmbito do Estado de Mato Grosso”, alertou ele. Se a sindicância for instaurada, o processo deverá ser acompanhado também pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT).

A denúncia do coronel Siqueira foi feita no dia 29 de junho, quando ele registrou em cartório declaração na qual admite ter “grampeado” juízes em 2007 a mando do desembargador, à época corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso.  

De acordo com Siqueira, as interceptações eram para levantar informações sobre o desvio de dinheiro do TJ para os cofres da loja maçônica Grande Oriente. Ele revela que o desembargador José Ferreira leite foi grampeado juntamente com os juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marcos Aurélio Ferreira. 

Siqueira foi preso com os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista, além do cabo Gerson Correa Junior. Todos são acusados de grampearam ilegalmente os números de telefones de políticos, advogados e jornalistas.

O caso veio à tona por meio de reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo. A matéria veiculada no dia 14 de maio mostrou que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime. A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca.
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