Silval Barbosa deve encontrar um ambiente diferente na 7ª Vara Criminal, em Cuiabá, no dia 18 de setembro, quando voltará ao Fórum pela primeira vez depois de sua delação premiada vir a público. Desta vez o ex-governador prestará depoimento como vítima, onde jornalistas são acusados de extorqui-lo.

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A decisão da última quarta-feira (30) da juíza Selma Rosane Arruda marcou o reinterrogatório de Silval Barbosa com base em depoimentos anteriores, no qual o ex-governador novos fatos sobre a extorção a que foi submetido no período em que esteve a frente do Palácio Payaguás.

Constam como réus no processo os jornalistas do Grupo Milas, Antônio Carlos Milas de Oliveira e Max Feitosa Milas (pai e filho, respectivamente). Além do jornalista Antônio Peres Pacheco. A magistrada entendeu que apesar de Nadaf também ter falado na última audiência da Operação Liberdade de Extorsão, o ex-secretário não revelou novos fatos. A oitiva, portanto, servirá exclusivamente para ouvir Silval.
Liberdade de Extorsão

No total, cinco pessoas do Grupo "Milas Comunicação", que administram os veículos de comunicação Centro Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, foram detidos, no dia 12 de fevereiro. São eles, além de Antônio Carlos e Max Feitosa: Maycon Feitosa Milas, Naedson Martins da Silva e Antônio Peres Pacheco.

O delegado da Fazendária, Anderson Veiga, informou que todos os cincos estão envolvidos em coação e extorsão de pessoas, principalmente agentes políticos importantes, empresários com contratos no poder público, os quais foram obrigados a pagar quantias vultosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas.