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OPERAÇÃO ESDRAS

Preso há 10 dias, ex-secretário Rogers Jarbas pede liberdade ao STJ

06 Out 2017 - 09:45

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: OlharDireto

Rogers Jarbas em depoimento na PJC

Rogers Jarbas em depoimento na PJC

A defesa do ex-secretário de Segurança Pública (Sesp) Rogers Jarbas protocolizou na manhã desta sexta-feira (06) um Habeas Corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça. Jarbas foi preso no dia 27 de setembro, durante a "Operação Esdras", da Polícia Judiciária Civil. O ex-secretário está preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).

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Rogers foi afastado do cargo no dia 20 de setembro, acusado de estar atuando para prejudicar as investigações do caso dos grampos. O desembargador Orlando Perri, em sua decisão, fundamenta que o ex-secretário estaria repassado documentos sigilosos do inquérito policial ao governador do Estado Pedro Taques (PSDB) e ao ex-secretário de Casa Civil, Paulo Zamar Taques. 

Jarbas prestou depoimento à delegada responsável pelas operações, Ana Cristina Felder, no Complexo Miranda Reis, na última quarta-feira (04). A oitiva durou cerca de 1h30. Ao deixar o local, sob forte escolta policial, negou-se a falar com a imprensa e foi diretamente conduzido ao CCC.

A operação Esdras foi desencadeada no dia 27 de setembro com base no depoimento prestado pelo tenente coronel da Policia Militar José Henrique Costa Soares, que revelou um verdadeiro esquema criminoso para frear as investigações sobre interceptações ilegais.
 
Conforme os autos, em depoimentos prestados por Soares “descortinou-se um sórdido e inescrupuloso plano” no intuito de interferir nas investigações policiais e macular a reputação do desembargador Orlando Perri em todos os inquéritos instaurados.

Segundo o processo, Soares foi convocado para atuar como escrivão no inquérito do caso grampos. Logo da convocação, a suposta organização criminosa teria buscado sua cooptação, mediante ameaça. Seria tarefa do tenente coronel a juntada de informações sobre Perri para provocar a suspeição do magistrado.

Descortinou-se, entretanto, a iniciativa de Soares de gravar o esquema para entregar aos delegados da PJC. Teria sido Rogers Jarbas o responsável por alertar o Coronel Lesco sobre a atuação dupla do tenente coronel, que hoje teme pela sua vida e pede proteção ao Estado.
 
Na Operação Esdras foram cumpridas medidas contra Paulo Taques, coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, o ex-secretário de Estado Rogers Eizandro Jarbas, o corornel Evandro Aexandre Ferraz Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major pm Michel Ferronato, Helen Christy Carvalho Dias Lesco (esposa de Lesco), o empresario José Marilson da Silva e o advogado Marciano Xavier das Neves.

O advogado do ex-secretário, Saulo Rondon Gahyva, foi procurado por Olhar Jurídico para explicar o teor do pedido de liberdade, mas não quis se manifestar, estratégia que tem adotado desde a deflagração da operação. 

Confira abaixo a lista dos demais presos:
 
PAULO CESAR ZAMAR TAQUES

CEL. PM AIRTON BENEDITO DE SIQUEIRA JÚNIOR

CEL. PM. EVANDRO ALEXANDRE FERRAZ LESCO

SGT. PM JOÃO RICARDO SOLER

MAJOR PM MICHEL FERRONATO

HELEN CHRISTY CARVALHO DIAS LESCO

MARCIANO XAVIER DAS NEVES (*medidas cautelares)
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