O Ministério Público Estadual (MPE) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir a prisão do pastor evangélico Paulo Roberto Alves, 52 anos, acusado de estuprar meninas de 11 e 16 anos, em Cuiabá.
O recurso especial é assinado pelo promotor Marcos Regenold Fernandes, coordenador do Núcleo de Apoio para Recursos (Nare) em 27 de novembro.
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Paulo Roberto Alves foi preso na tarde em abril de 2017, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, acusado de estuprar uma criança de 11 anos identificada como A.N.A.S. e uma adolescente de apenas 16 anos, identificada como C.A.S.
As duas teriam recebido R$ 150 após o estupro. O fato foi flagrado pela Polícia Militar. Após avistar uma viatura, o suspeito fugiu do local.
Em 11 de outubro, entretanto, foi posto em liberdade por decisão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJTM).
Durante todo o processo o pastor sempre alegou inocência, ao contrário da menina de 16, que relatou à Polícia Militar que ele ligou para ela oferecendo R$ 150,00 pelo sexo e mais R$ 200,00 para que o ocorrido não fosse relatado.
Cerca de 50 dias após sua soltura, o pastor compartilhou um vídeo no Facebook agradecendo todo o apoio que recebeu da comunidade evangélica durante o período em que ficou preso e disse, novamente, ser inocente.
Paulo Roberto disse que nenhum dos exames o incriminou e anteriormente já tinha alegado que sofria perseguição por parte da igreja Assembleia de Deus . Ele planeja iniciar viagens para fazer milagres.
"Eu sempre apareço nas redes sociais para falar de coisas benéficas, mas eu quero só justificar que é impossível, eu não tenho como responder 39 países, no Brasil o país inteiro parabenizando”, contou.
As vítimas de 16 e 11 anos informaram ao Conselho Tutelar que não houve penetração, mas que elas teriam feito sexo oral no suspeito. Nas redes sociais, fiéis se manifestaram defendendo o pastor e lhe dizendo palavras de benção.