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NACO CÍVEL

MPE investiga Mauro Savi e Silval por suposto esquema de propinas no Detran-MT

13 Dez 2017 - 12:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

MAURO SAVI.

MAURO SAVI.

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil para investigar o ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, seu irmão Antônio Barbosa e o deputado Estadual Mauro Savi (PSB) por suposta improbidade administratva e enriquecimento ilícito no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

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A portaria foi assinada no último dia 11 pelo coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária Cível (Naco Cível)  promotor Clovis de Almeida Júnior.

“Inquérito civil público com a finalidade de investigar supostos atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, com envolvimento do ex-Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, de seu irmão, Antônio da Cunha Barbosa Filho, e do Deputado Estadual Mauro Savi, decorrente de retorno financeiro obtido por intermédio de empresa de assessoria, de propriedade de Vivaldo Lopes, em virtude de contratos firmados com o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso”, consta da portaria.

A investigação toma por base a delação premiada do irmão de Silval Barbosa, homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no dia 9 de agosto deste ano.

Segundo declarou à Procuradoria Geral da República, reinava no Detran-MT durante a gestão Silval um esquema de propinas envolvendo o Consórcio Elo Segurança, atuante no ramo de lacres. A ação criminosa, segundo o colaborador, contava com a participação do deputado Mauro Savi.

Narra Antônio que teria sido procurado no seu escritório, no CPA, em 2011, por Vivaldo, que na época trabalhava com o ex-secretário Eder de Moraes Dias. O objetivo era colocar-se à par do “esquema do lacre”  que funcionava no Detran-MT.

Na ocasião, Vivaldo revelou conhecer que o esquema gerava propinas que variavam entre R$ 65 mil e R$ 80 mil. “A empresa contratada pelo Detran repassava a quantia mensal a uma empresa de assessoria do próprio Vivaldo Lopes e este sacava a quantia e entregava ao Deputado Estadual Mauro Savi”, consta da delação.

O esquema foi novamente arquitetado, com a participação de Vivaldo, que aceitou se responsável por repassar metade da propina a Mauro Savi e outra parte a Silval Barbosa. Os repasses, que variavam entre R$ 30 mil e R$ 40 mil começaram a ser feitos já naquele ano de 2011, segundo a delação.

“Que entre 2011 a 2014 ocorreram aproximadamente de 10 (dez) a 12 (doze) pagamentos; que no primeiro semestre do ano de 2014 houve o encerramento dos pagamentos porque o Detran não mais efetuou pagamento à empresa que prestava serviço, que por sua vez repassava à empresa de consultoria de Vivaldo Lopes”, conta da delação.
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