A 11ª Vara Criminal Militar retoma às 8h do próximo dia 20 as audiências de instrução e julgamento da ação penal que julga os policiais militares acusados por envolvimento no esquema de interceptações ilegais no Estado. Conforme solicitado pelo promotor de Justiça Allan Sidney do Ó, deverá ser interrogado na ocasião o sargento da PM João Ricardo Soler.
O militar já confessou à Polícia Civil ter aceitado instalar equipamentos de espionagem no uniforme do tenente coronel José Henrique Soares para, segundo ele, “atender amigavelmente” a um pedido do réu coronel Evandro Lesco.
São réus nesta ação penal os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e o cabo Gérson Correa Júnior. Os cinco vão responder pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
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A última audiência deste processo foi realizada no dia 09 de fevereiro e resultou na libertação de Zaqueu Barbosa, último coronel preso pela “Operação Esdras”. Ao final das oitivas, o promotor Allan Sidney do Ó insistiu para que o sargento Soler fosse ouvido em juízo.
Soler teria sido escolhido pela suposta organização criminosa para realizar o procedimento de instalação do equipamento de escuta, pois “tinha experiência” no ramo.
Interrogado em 05 de outubro de 2017, o militar assumiu parcial culpa nas interceptações ilegais realizadas em Mato Grosso. Seu depoimento, prestado aos delegados Flávio Henrique Stringueta e Ana Cristina Feldner durou cerca de 3h.
