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falsidade ideológica

MP pede afastamento de vereador por mentir em processo de cassação contra prefeito assassinado

15 Fev 2018 - 11:25

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

MP pede afastamento de vereador por mentir em processo de cassação contra prefeito assassinado
O Ministério Público Estadual (MPE) requereu nesta quinta-feira (15) o afastamento cautelar do presidente da Câmara Municipal de Colniza, Rodolfo César Andrade Gonçalves, conhecido como “Sargento Rodolfo”. Ele é alvo de ação por improbidade administrativa. O vereador também responderá a ação penal por falsidade ideológica.

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Conforme o MPE, o “Sargento Rodolfo” é acusado de emitir declaração falsa em quatro documentos (Edital de Convocação 011/2017, Portaria 065/2017, Ofício 0176/2017 e Edital de Convocação 012/2017) com intuito de assegurar a realização de sessão extraordinária para votação da cassação do então prefeito da cidade, Esvandir Antonio Mendes, assassinado em 15 de dezembro do ano passado. A sessão estava agendada para o dia 16 de dezembro.

Segundo consta da ação, os atos administrativos assinados pelo presidente da Câmara foram datados em 13 de dezembro de 2017, no mesmo dia em que ele se encontrava em Cuiabá em reunião com o Governador do Estado e o então prefeito de Colniza. A convocação dos parlamentares para a sessão extraordinária, conforme o MPE, ocorreu antes mesmo do recebimento do parecer final da comissão processante, o que significaria que os documentos foram assinados antes da viagem do presidente da Câmara para Cuiabá.

“O presidente da Câmara já havia antecipado ato administrativo antes mesmo da conclusão do Relatório Final da Comissão Processante, invertendo ordem lógica do procedimento”, diz a ação do MPE.

Ainda segundo o o órgão ministerial, a Lei determina que, após a conclusão do Relatório Final da Comissão Processante, seja aberta vista do processo ao denunciado para razões escritas no prazo de cinco dias. Além disso, o relatório final deveria ter a assinatura de todos os integrantes da comissão, o que também não ocorreu. O documento foi assinado apenas pelo relator da Comissão, vereador Clínio Tomazi, que atualmente está afastado das funções por determinação judicial proferida em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público.

Investigação:

Três meses antes da sua morte, em 15 de dezembro de 2017, o ex-prefeito Esvandir Antônio Mendes esteve na Promotoria de Justiça de Colniza e declarou ter sofrido ameaças, revelando interesse do presidente da Câmara na sua cassação. No primeiro ano de seu mandato, o ex-prefeito de Colniza respondeu a três processos de cassação pela Câmara de Vereadores.
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