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Luiz Otávio da Silva

Júri condena a 15 anos enfermeiro que espancou e assassinou namorada à facadas

19 Mar 2018 - 11:28

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Júri condena a 15 anos enfermeiro que espancou e assassinou namorada à facadas
O Tribunal de Júri Popular condenou a 15 anos e seis meses de prisão o enfermeiro Luiz Otávio da Silva, de 25 anos, pelo assassinato à facadas da estudante de direito Ivone Oliveira Gomes, 21, em 15 de março de 2017, em uma quitinete no Bairro Osmar Cabral, em Cuiabá. O réu confessou em juízo que foi autor do crime.

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Luiz Otávio da Silva foi denunciado como incurso no artigo 121, § 2º, incisos I (motivo torpe), III (asfixia), IV (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e VI (feminicídio), c/c § 2º-A, inciso I (no âmbito da violência doméstica e familiar), do Código Penal. 

O enfermeiro confessou e detalhou cada pormenor do crime. O corpo da estudante foi encontrada pela polícia morta em sua cama. Desde então, o namorado da universitária foi considerado o principal suspeito do homicídio e terminou preso poucas horas depois. 

"Pelo exposto e considerando a vontade soberana do Conselho de Sentença, CONDENO o réu LUIZ OTÁVIO DA SILVA, qualificado nos autos, como incurso nas sanções do artigo 121, § 2º, incisos I, III, IV e VI, c/c o § 2º-A, inciso I, todos do Código Penal, com as implicações da Lei nº 8.072/90, alterada pela Lei nº 11.464/2007, à pena privativa de liberdade de 15 anos e 06 meses de reclusão, no regime inicialmente fechado", sentenciou a magistrada.

O réu terá seu direito de recorrer em liberdade negado.

Detalhes:

Luiz explicou que colocou os dedos na boca de Ivone para sufocá-la e a empurrou sobre a cama para impedir que ela se movesse e conseguisse fugir. O enfermeiro também diz ter se sentado com as duas pernas e os braços sobre ela para não permitir que ela se movesse. E, com os dedos, continuou tentando sufocá-la até fazer com que ela desmaiasse.


“Eu só peguei a faca quando percebi que a pressão arterial dela estava diminuindo, doutora. Eu levantei e verifiquei que o pulso dela estava fraco. Fui até a lavanderia e peguei a faca que estava com o cabo solto”, relatou o enfermeiro. 

Apesar de todo este procedimento, Luiz Otávio não conseguiu desacordar a vítima e teve de socar a cabeça de Ivone contra parede. “Peguei a cabeça dela e lancei a parede, fui informado pelo investigador que ocorreu um trauma cranioencefálico, quebrou a cabeça dela”, explica o assassino. Depois disso, segundo enfermeiro, é que se iniciaram as facadas na estudante.

“Até o momento dela possivelmente perder a lucidez eu percebi, fui e peguei a faca, retornei e furei na região da carótida, que é uma veia que vai até a cava do coração. Eu contei cinco segundos e vi que deu hemorragia interna nela, o coração parou e essa mesma faca que eu deixei na região da traquéia entortou”, explicou. A faca utilizada pelo enfermeiro foi encontrada no local do crime e apresentada pela delegada durante a inquisição. Luiz confirmou que utilizou o objeto para matar a jovem.
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