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INTERCEPTAÇÕES ILEGAIS

Justiça ouve delegada sobre suspeita de "grampo" contra ex-assessoras da Casa Civil

20 Mar 2018 - 10:36

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Grampos em MT

Grampos em MT

O juiz da 11ª Vara Criminal Militar, Murilo Mesquita, retoma às 13h30 do próximo dia 26 a ação penal que julga os policiais militares acusados de compor o esquema de interceptações ilegais no Estado, conhecido como "Grampolândia Pantaneira". Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas da Policia Judiciária Civil (PJC) Rafael Meneguine, delegada Alana Derlene Cardoso e Elizandra Rodrigues Darigon.

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A delegada Alana Derlene Souza Cardoso foi apontada pela juíza Selma Arruda como suspeita de fazer pedido de interceptação telefônica ilegal da cidadã Tatiana Sangalli Padilha e de Caroline Mariano dos Santos. A delegada ocupava função de diretora de inteligência da Policia Judiciária Civil, posto ligado diretamente à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o promotor de justiça Mauro Zaque de Jesus.  

O pedido de "barriga de aluguel" teia ocorrido duante a "Operação Fortis", que inicialmente investigava facções criminosas nos presídios do Estado em uma suposta ameaça que teria sido feita contra os chefes de Estado. Na lista de inteceptações ilegais, as ex-assessoras da Casa Civil eram identificadas como “Dama Lora” (Tatiana) e “Amiguinha” (Caroline).

Durante testemunho no último dia 09, a delegada Alana foi duramente atacada pelo ex-secretário de Estado de Segurança Rogers Jarbas. Ele afirmou que Alana e seus colegas de delegacia, Alessandra Saturnino de Souza e Flávio Stringueta, agiram de má-fé, forjando a "Operação Querubim" para enganar a juíza da Sétima Vara Criminal Selma Rosane Arruda e investigar o governador do Estado Pedro Taques. A motivação seria "particular" e "política".
 
São réus no processo o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, coronel Januário Batista; e o cabo Gérson Correa Júnior, o único que ainda permanece detido.

Entenda:

Em, maio de 2016, o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.

O outro lado:

Ao Olhar Jurídico, na manhã desta terça-feira (20), a delegada Alana Derlene Cardoso disse que não irá se manifestar sobre o caso.
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