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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Família de empresário carbonizado crê que pivô da morte tentou avisar do crime

Foto: Reprodução

Família de empresário carbonizado crê que pivô da morte tentou avisar do crime
Será realizado hoje, 26, o julgamento popular de Luiz Aquino Pavão, de 33 anos, acusado de assassinar e queimar o corpo do empresário Fernando Barbosa dos Reis, 55, no dia 04 de agosto de 2016, a família do empresário acredita que houve uma tentativa de aviso, por parte da esposa do acusado, suposta amante da vítima. Sete dias antes do crime, Fernanda Carolina, de 30 anos, filha da vítima, teria recebido ligações da mulher, e uma mensagem que dizia que ambas precisavam conversar.

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As investigações conduzidas pela delegada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Juliana Chiquito Palhares, davam conta que Luiz assassinou Fernando por ciúmes da esposa. Inicialmente, a família apenas suspeitava, mas hoje eles dizem ter certeza do relacionamento de ambos.  
 
“Era suspeita, mas hoje não é. Temos certeza, devido à investigação que a polícia fez e outras informações que tivemos no dia-a-dia. Hoje, temos certeza absoluta”, afirmou à autônoma.
 
Fernando Barbosa saiu pela manhã para caminhar no bairro São Gonçalo, em Cuiabá, como fazia todos os dias. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, na Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.  A vítima morreu com traumatismo craniano, decorrente de golpes com um objeto contundente na cabeça. Exames apontaram que o corpo foi carbonizado após a morte.
 
Em entrevista ao Olhar Jurídico, Fernanda contou que nunca teve nenhum tipo de contato com a esposa do acusado. Porém, sete dias antes de seu pai ser morto, ela recebeu ligações da mulher, e também uma mensagem, que dizia que ambas precisavam conversar.
 
“Sete dias antes de acontecer o fato com meu pai. Ela pediu meu contato para alguém, e me ligou. Eu não atendi, e ela mandou uma mensagem no meu celular, dizendo que precisava falar comigo. O que ela queria falar comigo?”, questionou. “Talvez em uma briga de casal, ele tenha se exaltado e falado que iria matar o meu pai. E ela poderia ter tentado avisar”, acredita Fernanda.
 
Imagens de câmeras de segurança mostraram o empresário entrando em um Siena, de cor preta. “Nós buscamos informações sobre o veículo e encontramos o dono. Ele revelou para nós que havia emprestado o automóvel para o Luiz Aquino, que o pegou na quarta-feira (04) e devolveu na quinta-feira (05), no início do dia. O que comprova ainda mais que o acusado foi o último a estar com o Fernando”, disse a delegada Juliana, na época.
 
Em depoimento, o acusado disse que havia apenas dado carona para o empresário. Mas, mesmo diante das informações que Fernando estaria desaparecido, ele nunca teria procurado a família para contar sobre a corona.  A prisão temporária de Luiz Aquino, havia sido decretada, mas ele acabou deixando o emprego, e casa na capital, e fugiu com uma mulher grávida, e um filho em período escolar. Tempos depois, ele foi preso em São José do Ribamar, no Maranhão.
 
Em janeiro deste ano, recluso na Penitenciaria Central do Estado (PCE), Luiz chegou a criar um perfi no Facebook, para compartilhar uma notícia falsa. No conteúdo da postagem, estava um foto de um dos filhos do empresário, com duas crianças (filhos da vítima), e uma mensagem que apontava o rapaz como um estuprador. A vítima procurou a Polícia Civil, e registrou um boletim de ocorrência. Também houve registro de uma denúncia junto ao Ministério Público. As investigações apontaram que ele teria criado a notícia falsa para prejudicar a vítima.
 
O julgamento está previsto para acontecer hoje. A família espera que a justiça seja feita.  “Nada vai trazer meu pai de volta, mas a gente espera que a justiça seja feita, que ele pague pelo que fez. Ele fez uma monstruosidade com meu pai. De lá do presídio, ele provou que pode fazer coisas piores. Ele tem que pagar pelo que fez”.

O caso
 
O corpo do empresário foi encontrado carbonizado na região da Ponte de Ferro, em Cuiabá, dois dias depois dele ser visto pela última vez. Conforme o boletim de ocorrência, registrado, inicialmente, como desaparecimento, o empresário tinha saído para caminhar às 5h50 e não havia retornado até a noite daquele dia, 04 de agosto de 2016. A família contou que ele costumava retornar sempre por  volta das 07h da manhã.
 
O empresário foi visto conversando com um homem, em um veículo Siena preto e algumas imagens conseguida por familiares mostraram que ele havia entrado no automóvel.
 
No dia 5 de agosto, um novo boletim foi registrando informando a localização de cadáver em uma estrada vicinal, próximo a Ponte de Ferro, na comunidade Recanto Tranquilo. O corpo estava carbonizado, com os braços e pernas amarrados e sinais de tortura. Conforme a perícia, a vítima estava enrolada em um plástico semelhante a uma lona e uma das panturrilhas havia sido arrancada antes de carbonizar o corpo.
 
 
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