Olhar Jurídico

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Criminal

ACUSADO DE ASSASSINATO

MPE pede anulação de júri que absolveu pedreiro réu por morte de empresário

03 Mai 2018 - 10:10

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Olhar Direto

MPE pede anulação de júri que absolveu pedreiro réu por morte de empresário
Ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o Ministério Público Estadual (MPE) pede a anulação da sentença que absolveu o pedreiro Luiz Aquino Pavão, de 38 anos, acusado de assassinar e queimar o corpo do empresário Fernando Barbosa dos Reis, 55, no dia 04 de agosto de 2016. 

A suspeita era que Luiz havia cometido o crime por ciúmes da mulher. Depois do crime, Pavão fugiu com ela, à época grávida, e com o filho para outro Estado. O corpo de jurados, no último dia 26, entendeu que não haviam provas suficientes para condenar o pedreiro.

Leia mais:
Tribunal de Júri absolve pedreiro acusado de matar e queimar corpo de empresário


Conforme a assessoria do promotor de justiça Kledson Dionysio de Oliveira, o recurso da acusação foi interposto na última sexta-feira (27) e que o órgão ministerial atua neste momento para elaborar as razões do pedido de anulação do júri.

O motivo da anulação da sentença seria o fato de o corpo de jurados não ter absorvido na totalidade as provas do crime apresentadas pela acusação, o que comprometeu a decisão final.

Segundo a assessoria, o corpo de jurados não vislumbrou provas suficientes para a condenação do réu Luiz Aquino Pavão e entendeu que poderia haver terceiros interessados no crime, suspeita não esclarecida na fase de debates do júri.

O MPE não disponibilizou detalhes sobre o pedido, tampouco identificou o desembargador que julgará o pedido.
 
Entenda o caso:

Conforme os autos, Fernando Barbosa dos Reis saiu pela manhã para caminhar no bairro São Gonçalo, em Cuiabá, como fazia todos os dias. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, na Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro.  
 
A vítima morreu com traumatismo craniano, decorrente de golpes com um objeto contundente na região da cabeça. Exames apontaram que a carbonização do corpo foi feito com ele já morto.

Luiz Pavão foi vizinho de Fernando por quatro anos e era conhecido no bairro. Para a polícia, o suspeito contou que havia dado apenas uma carona para o empresário. “Quem faz só isso não sai desesperadamente de Cuiabá com mulher grávida, abandonando emprego e escola do filho. Se tivesse só dado uma carona, no mesmo dia ele seria o primeiro a ligar, procurar a delegacia e dizer que deu carona e o deixou em tal local”, explicou ao Olhar Direto à época, a delegada Juliana Chiquito Palhares.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet