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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Bônus/Bereré

MP emite parecer contrário a revogação da prisão de advogados e empresários

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

MP emite parecer contrário a revogação da prisão de advogados e empresários
O Ministério Público Estadual (MP) emitiu parecer contrário a revogação das prisões do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, seu irmão Pedro Jorge Taques, e dos empresários José Kobori (ex-presidente da EIG Mercados) e Roque Reinheimer (sócio da Santos Treinamento). As defesas dos alvos da ‘Operação Bônus’, segunda fase da ‘Bereré’, tentam conseguir a liberdade de seus clientes.

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Os pedidos de revogação de prisão dos acusados foram ingressados pelas defesas ao desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). O parecer do órgão ministerial foi juntado nestes documentos. 

“Tendo em vista que se mantêm os fundamentos que justificam a medida excepcional, manifesta-se pelo indeferimento da revogação da prisão”, diz trecho do parecer emitido pelo Ministério Público do Estado (MP). 

O órgão ministerial entendeu que os acusados, se forem colocados em liberdade, podem atrapalhar as investigações. Este, inclusive, foi o motivo do pedido de prisão de alguns deles, que estariam tentando obstruir a Justiça, na tentativa de forjar provas para que não fossem pegos.

Operação Bônus
 
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques e o deputado estadual, Mauro Savi (DEM), foram presos em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', deflagrada na manhã desta quarta-feira (09). Além deles, outras quatro pessoas também tiveram mandados de prisão.
 
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
 
A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.
 
Bereré
 
A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), é outro investigado.
 
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado. A empresa foi alvo da ‘Operação Bereré’ e é apontada como pivô do esquema que teria desviado R$ 27,7 milhões.
 
Confira abaixo os alvos da ‘Operação Bônus’:
 
Mauro Savi (deputado estadual)
Paulo César Zamar Taques (ex-chefe da Casa Civil)
Roque Anildo Reinheimer
Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo”
Valter José Kobori (empresário)
Pedro Jorge Zamar Taques (advogado)
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