O juiz Geraldo Fidélis, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá (Execuções Penais), realizou inspeção surpresa no Centro de Custódia da Capital (CCC) na manhã desta segunda-feira (23). O 'pente fino' foi escoltado por agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e buscou verificar hipóteses de regalias aos presos. Nada foi encontrado.
Leia mais:
Denúncia aponta volta de Arcanjo ao jogo do bicho, ameaças e até explosão de carro em Cuiabá
O magistrado reuniu-se às 9h com o Superintendente do Sistema Penitenciário, João Fernando, e uma equipe da Penitenciária Central do Estado (PCE), comandada pelo diretor Revétrio.
"Assisti a realização das revistas na Sala de Estado Maior e nas celas e nada, friso, nada foi encontrado, depois de um 'pente fino' realizado, que pudesse entender alguma forma de regalia", avaliou Fidélis.
Até o final da tarde, relatórios do Diretor do CCC e do responsável pela operação, Diretor da PCE, serão disponibilizados aos juízes que, porventura, se interessem.
"Parabenizo o diretor e a equipe do CCC pela postura firme no cumprimento de suas atribuições naquela Unidade", concluiu Fidélis.
Centro de Custódia da Capital
O CCC é conhecido por abrigar réus "ilustres", como políticos e empresários. Foi lá que ficou preso por um ano e nove meses o ex-governador Silval Barbosa, além de seus ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel Souza de Cursi e o procurador aposentado Chico Lima.
Hoje ocupam celas do CCC o ex-vereador João Emanuel, cumprindo pena, e cumprindo prisão preventiva, o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques e seu irmão, o advogado Pedro Taques. É lá onde também passa suas noites desde 09 de maio o deputado Mauro Savi e o empresário José Kobori. Estes quatro pela "Operação Bônus", que apura esquema de desvios no Detran-MT.