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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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MALÉFICO

Juiz classifica serial killer como “máquina de matar”, “monstro” e diz que não é “humano como nós”

Foto: Reprodução

Juiz classifica serial killer como “máquina de matar”, “monstro” e diz que não é “humano como nós”
O juiz Roger Augusto Bim Donega, da Quinta Vara Criminal de Alta Floresta (a 801 km de Cuiabá), usou duras palavras ao aplicar sua sentença ao serial killer Cláudio de Souza, vulgo “Peninha”, autor do assassinato da jovem Sirlene Ferreira de Souza em 2003. O criminoso ficou conhecido como “maníaco da lanterna”. O magistrado classificou Cláudio como “maléfico”, “monstro”, "máquina de matar" entre outros adjetivos, além de dizer que ele simula ser um “ser humano como nós”.
 
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Sirlene foi assassinada em 2003, dentro de sua residência em Alta Floresta. Ela foi apenas uma das várias vítimas de Cláudio no município. O magistrado lembra que o criminoso foi responsável por gerar medo nos cidadãos de Alta Floresta.

“Lembro que o réu é criminoso contumaz, ‘serial killer’ desta Cidade e Comarca de Alta Floresta que disseminou o terror, o medo, o ódio, o pavor em seus habitantes até que fosse preso, e, após fuga ainda continuou a cometer tantos outros delitos quanto pode até ser novamente encarcerado o que por óbvio não lhe favorece qualquer redução de pena”.

De início o juiz diz que Cláudio é um psicopata e que não demonstra arrependimento e funciona como “máquina de matar na forma humana”, sendo impossibilitada sua boa convivência em sociedade.

“Aliás, em crimes desta natureza há que se deixar a hipocrisia de lado e olhar para o psicopata que está sob julgamento que jamais terá condições de conviver em sociedade, deve ficar isolado, pois sua mente não funciona como as demais, é completamente torta, arrependimento não existe em seu vocabulário é completamente desprovido de sentimento moral e consciência comum, não nutre amor por quem que seja, funciona como uma máquina de matar na forma humana”.

Com relação ao modus operandi de Cláudio no assassinato de Sirlene, o magistrado diz que ele foi doloso, premeditado e ardil, já que teria matado a jovem com um único disparo na cabeça, sem lhe dar chances de reação ou socorro. Pela postura de Cláudio, o juiz o classificou como “monstro”.

“Demonstrou total desprezo à vida humana, frieza, crueldade e indiferença ao cometer o delito, conforme se infere dos autos, cujos depoimentos revelam sem sombra de dúvidas esta conduta. Cuida-se, de verdadeiro ‘monstro’ se assim podemos dizer, a falta de consciência e de medo tornam pessoas como o réu potencialmente perigosas e ardilosas”.
 
Com relação à personalidade do réu, o magistrado diz que ele “réu não virou psicopata da noite para o dia, já nasceu assim e assim permanecerá por toda sua existência”, sendo, portanto, uma pessoa hostil e agressiva, que não saberia agir de forma proporcional às ações triviais.

“Ademais, esse indivíduo é maléfico e ardiloso, utiliza disfarce perfeito para conviver entre nós, tanto é verdade que fez tantas vítimas até ser capturado, são tão perfeitos em seus disfarces que acreditamos piamente que são seres humanos como nós. Na verdade, são verdadeiros atores da vida real que mentem com a maior tranquilidade, como se estivessem contando a maior verdade, portanto, não há como acreditar em arrependimento, essa palavra não existe no vocabulário do réu”.

Por este crime, Cláudio foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado e também a pagar indenização à família de Sirlene no valor de R$ 50 mil. Ele já acumulada 62 anos de reclusão por outros assassinatos.
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