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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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12ª Vara Criminal

Acusados de matar personal em Cuiabá vão a júri e têm pedidos de liberdade negados

Foto: Olhar Direto

Acusados de matar personal em Cuiabá vão a júri e têm pedidos de liberdade negados
Guilherme Dias de Miranda e Walisson Magno de Almeida Santana, acusados de matar o personal trainer Danilo Campos, em novembro do ano passado, em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, irão a júri popular. A decisão foi proferida pelo magistrado Flávio Miraglia Fernandes, da 12º Vara Criminal, que ainda negou os pedidos de liberdade dos réus.

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Guilherme, também conhecido como ‘Nega D’água’ e Walisson, apelidado de ‘Parabólica’, também pediram para que respondessem ao processo em liberdade, o que foi negado pelo magistrado, alegando que já não se fazem mais presentes os requisitos previstos para a prisão.
 
O juiz Flavio Miraglia entendeu que, no caso de Guillherme, “verifica-se o evidente risco à garantia da ordem pública se o referido acusado for novamente colocado em liberdade considerando seus antecendentes criminais, os quais registram os delitos de estelionato, ameaça, violência doméstica, bem como as informações prestadas por Ane Lise, sua ex-convivente, e da equipe de investigação, de que Guilherme pratica atividade ilícita com frequência, especialmente relacionada ao crime de estelionato”.
 
Além disto, comentou que “restou demonstrado nos autos o temor causado pelo acusado, especialmente em relação à Ane Lise, a qual afirmou que foi ameaçada por Guilherme, e que ainda se sente dessa forma temendo pela sua vida, e pela vida de sua família”.
 
“Da mesma forma vale fazer essas considerações em relação ao acusado Walisson, posto que conforme seus antecedentes criminais e informações do Ministério Público, o mesmo responde por outro crime de homicídio na Comarca de Várzea Grande/MT, em situação idêntica, inclusive, a destes autos, em que há indícios de participação como piloto da motocicleta, o que demonstra evidente risco à garantia da ordem pública com o réu em livre circulação no meio da sociedade, de modo que o fato de possuir endereço fixo não faz, neste caso, o menor sentido para conceder a liberdade neste momento”, aponta o magistrado em outro trecho.
 
Vale lembrar que os dois foram alvos da ‘Operação Nascostos’ da Polícia Federal de Sorocaba (SP), em novembro, As investigações iniciaram em 2017 para apurar crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa com associação para o tráfico de drogas.
 
Segundo a PF, os criminosos se passavam por um magistrado federal utilizando documentos falsos (inclusive cartões de créditos clonados). Eles compravam passagens aéreas para terceiros por rotas atípicas, em detrimento do nome de juiz federal e, por corolário, da imagem da Justiça Federal perante terceiros de boa-fé.
 
Ainda nas investigações, a polícia conseguiu apurar a existência de uma organização criminosa com bases em São Paulo, Campo Grande e em Cuiabá com atuação em âmbito nacional e internacional. Indícios apontam que a organização possa estar ligada ou ser integrante de algumas facções criminosas bastante conhecidas no país.
 
Os membros da organização também alugavam carros e não devolviam às locadoras, compravam passagens aéreas, faziam reservas em hotéis e até financiamentos. Alguns dos beneficiários das passagens e das locações de veículos foram presos por tráfico de drogas.
 
Morte de personal
 
O crime correu em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro do ano passado. Populares disseram aos militares que viram dois homens em uma motocicleta alta se aproximarem e o garupa efetuar os disparos contra o personal trainer Danilo Campos.
 
A polícia apurou que Guilherme Dias de Miranda seria o mandante do assassinato. Ele usava documentos falsos para se esconder, junto com Walisson. A ex-esposa de Guilherme chegou a ser presa, mas foi solta por colaborar com a polícia. na cidade de Foz do Iguaçu (PR) e, em Cuiabá, colaborou no interrogatório e esclareceu o que ainda restava do crime, sendo solta em seguida. A pivô do caso afirmou que era ameaçada pelo ex-companheiro, Guilherme.
 
No dia 9 de março, cerca de quatro meses após o crime, Guilherme e Walisson foram presos em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso com a de São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do Brasil.
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