O desembargador Márcio Vidal concedeu liberdade a Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvêa, presa na segunda fase da ‘Operação Sangria’, deflagrada na última terça-feira (18) pela Delegacia Fazendária. Vidal acatou embargo de declaração impetrado pelo advogado Marciano Xavier, que solicitou extensão da liberdade já concedida ao também alvo da operação Adriano Luis Alves de Souza.

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Kedna será monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela está proibida de manter contato com suspeitos e testemunhas e não pode pisar nas secretarias de Saúde Estadual e Municipal. Além de comparecer sempre que intimada e não poder trocar de endereço, não poderá sair de Cuiabá sem autorização prévia da Justiça.
 
Pedido semelhante de liberdade já havia sido negado anteriormente à Kedna pelo desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
  
Operação Sangria II
 
A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
 
O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.