O procurador-geral de Justiça, Josê Antônio Borges, afirmou que a invasão de terroristas bolsonaristas que destruíram as sedes dos Poderes, em Brasília (DF), fez o governador Mauro Mendes "abrir os olhos para a realidade". Para Borges, o reforço na segurança e bloqueio dos acessos aos prédios do Centro Político Administrativo, em Cuiabá, na quarta-feira (11), demonstram o comprometimento da Segurança. 

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O procurador-geral de Justiça participou de solenidade de posse da nova diretora-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, na tarde desta quinta-feira (12). Borges relembrou os bloqueios de rodovias em Mato Grosso, organizados por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições presidenciais, que elegeram Lula como presidente pela terceira vez. 

"É bom lembrar que o Ministério Público, quando tiveram os fechamentos de BR, fiz um pedido falando da realidade daqui [de Mato Grosso], ali foi o primeiro momento que o ministro deu uma multa de R$ 20 mil e R$ 100 mil por empresas. Infelizmente, no nosso Estado isso era para ser cumprido". 

O procurador-geral de Justiça considerou que houve "leniência" por parte do Estado. No entanto, ele explicou que o posicionamento do Governo de Mato Grosso sobre os atos antidemocráticos é outro atualmente. 

"Mas, agora acho que há uma ordem do governador e novo secretário de Segurança já demonstrou que vai cumprir isso. Demonstrou ontem. Acho que agora o governo do Estado abriu os olhos para realidade e o recado foi dado com o afastamento do governador do DF [por conta da invasão]". 

Nessa quarta-feira (11), informações apontaram que bolsonaristas pretendiam se reunir na Praça das Bandeiras, na avenida do CPA, em Cuiabá, para mais um ato antidemocrático. No entanto, o policiamento na região foi reforçado e os participantes não apareceram no local. 

Para Borges, a invasão que destruiu o Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) era uma "tragédia anunciada". 

"A resposta está sendo dada pelos Poderes, seja o Executivo Federal, Câmara, Senado e o próprio Judiciário, que foi um dos atacados. As respostas estão vindo. As pessoas que praticaram isso, sejam os 'soldados', os chamados patriotas, e quem financiou, sejam responsabilizados". 

De acordo com o procurador-geral de Justiça, o Gaeco e os sistemas de inteligência estão trabalhando para identificar possíveis mato-grossenses envolvidos na invasão. 

"Isso é um levantamento nacional, primeiro tenho que dizer que é competência federal, está na Justiça Federal. Mas, fizemos uma reunião virtual de todos os procuradores do Brasil, nos colocamos a disposição para os nossos Gaecos e sistemas de inteligência trabalharem com os envolvidos nessa situação. Isso já vem ocorrendo".