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Sábado, 27 de abril de 2024

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fugia com carro roubado

Promotor aponta menosprezo e indiferença e pede que jovem que matou irmãs atropeladas passe por júri popular

Foto: Reprodução

João (a esquerda) e as irmãs (a direita)

João (a esquerda) e as irmãs (a direita)

O promotor de Justiça Fernando de Almeida Bosso pediu que João Vitor Barbosa da Cruz, de 21 anos, seja submetido ao Tribunal do Júri pelo assassinato das irmãs Ysabela Raiane Rodrigues dos Santos e Brenda Raquely Rodrigues dos Santos, de 7 e 9 anos. Ambas morreram atropeladas em Rondonópolis (218 km de Cuiabá), durante uma fuga.

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De acordo com o promotor existe indícios suficientes de autoria para que João Vitor seja pronunciado. Nos depoimentos João alegou que não tinha intenção de matar de matar as vítimas.

Porém, no documento foi apontado que ao desrespeitar a ordem de parada dos policiais militares e dirigir o carro em alta velocidade, ele assumiu o risco de produzir o resultado obtido.

O promotor ressaltou ainda que João fugiu do local após o acidente demonstrando menosprezo para às vítimas.

"Com efeito, diante da conduta adotada pelo réu quanto ao resultado, repise-se que as provas produzidas demonstram que ele assumiu o risco de matar.  Além disso, após a colisão, o réu empreendeu fuga do local, não prestou  socorro ou assistência as vítimas e até mesmo abandonou sua conhecida desacordada no local 
do fato, demonstrando total indiferença e menosprezo com resultado de sua conduta delituosa.", diz trecho do documento.

Entenda o caso

Segundo documento obtido pelo Olhar Direto, João estava em uma Volkswagem Amarok, no dia 31 de julho dste ano, quando recebeu ordem de parada dos policiais militares. Ele tentou fugir em alta velocidade e acabou atingindo um Gol com cinco pessoas.

Na batida, Brenda e Ysabela não resistiram. Após a batida, João fugiu do local do acidente e abandonou uma mulher, que ficou ferida na caminhonete. 

A mulher relatou aos policiais militares que João não quis obedecer as ordens emanadas, mas não lhe informou que o veículo era furtado.

Após o mandado de prisão ser expedido contra João, ele foi detido no dia 4 de agosto, em Primavera do Leste, e confessou estar conduzindo o veículo. O acusado foi encontrado escondido embaixo de uma lona na igreja.

Segundo o delegado da Polícia Civil, João Paulo Praisner, houve informações contundentes para que o suspeito fosse indiciado por homicídio qualificado pela morte das irmãs.

Além disso, João foi indiciado por homicídio qualificado na modalidade tentada devido às vítimas feridas (que sobreviveram) e por conduzir veículo furtado.

Contra a mulher, não ofertado o indiciamento, já que, pelo entendimento do delegado, a mulher não agiu ou contribuiu para que houvesse a colisão que ocasionou as mortes e lesões corporais.
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