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Sábado, 27 de abril de 2024

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OPERAÇÃO ESPELHO

Médicos e servidores públicos são denunciados por fraudes em contratos na Saúde; MPE pede devolução de R$ 57 milhões

Foto: Reprodução

Médicos e servidores públicos são denunciados por fraudes em contratos na Saúde; MPE pede devolução de R$ 57 milhões
O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra 22 pessoas com base nas investigações da Operação Espelho. Estão na lista médicos e servidores públicos do Estado que são suspeitos de integrarem uma organização criminosa que praticava fraudes em contratos de prestação de serviços hospitalares e médicos em hospitais regionais e municipais do Estado.

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Além da condenação dos envolvidos nos crimes de organização criminosa, peculato e fraude à licitação, o MPE pede que seja declarada a perda dos cargos públicos de Nabih Fares Fares, Miguel Moraes da Cruz Suezawa e Caroline Campos Dobes Conturbia Neves e que todos na lista sejam condenados a devolver aos cofres públicos mais de R$ 57,5 milhões por supostos desvios ocorridos em contratos relacionados ao Hospital Municipal de Várzea Grande, na unidade de Guarantã do Norte e por prejuízos causados à sociedade. Veja a lista dos denunciados abaixo

De acordo com o MPE, os denunciados se associaram de forma estruturada, permanente e ordenada, com notória divisão de tarefas com objetivo de obterem vantagens ilícitas, atuando por intermédio de empresas para capitanear, sem concorrência efetiva, contratos com os órgãos públicos do Estado e municípios.

A organização criminosa, conforme investigações, era liderada por Luiz Gustavo Castilho Ivoglo e Osmar Gabriel Chemim.

Segundo as investigações, alguns médicos foram contratados para obterem o recebimento pelos plantões prestados, eles deveriam aderir aos comandos da organização ingressando no quadro societário das respectivas empresas, como sócios quotistas sem direito a participação nas decisões e nos lucros das empresas.

Ainda conforme a apuração da Polícia Civil, a secretária adjunta de Gestão Hospitalar do Estado, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, atuava no favorecimento e direcionamento de licitações para as empresas integrantes da organização. Ela era responsável pelo Sistema de Aquisições Governamentais (SIAG) e especificamente em relação aos contratos.

Veja a lista dos denunciados pelo MPE à Justiça:

Luiz Gustavo Castilho Ivoglo – médico e empresário;
Osmar Gabriel Chemim – médico e empresário;
Bruno Castro Melo – médio e empresário;
Carine Quedi Lehnen Ivoglo – médica
Gabriel Naves Torres Borges – médico e empresário;
Alberto Pires de Almeida – médico, pecuarista e empresário;
Renes Leão Silva – médico e empresário;
Marcelo de Alécio Costa – militar da reserva;
Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante – médica
Alexsandra Meire Perez – contadora e professora.
Maria Eduarda Mattei Cardoso, secretária administrativa;
Márcio Matsushita – médico;
Elisandro de Souza Nascimento – enfermeiro;
Sérgio Dezanetti – médico e pecuarista;
Luciano Florisbelo – médico;
Samir Yoshio Matsumoto Bissi – médico e empresário
Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves, - médico;
Pamela Lustosa Rei – médica
Nabih Fares Fares – médico e empresário;
José Vitor Benevides Ferreira – médico;
Caroline Campos Dobes Conturbia Neves – servidora pública estadual;
Miguel Moraes da Cruz Suezawa – coordenador


Outro lado

É com estranheza que os gestores das empresas Bone Medicina, Medtrauma Centro Especializado e Curat Serviços Médicos, recebem da imprensa pedidos de pronunciamento a respeito de denúncia criminal supostamente oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso no âmbito da Operação Espelho.

Isto, pois, além das investigações tramitarem sob segredo de justiça, não fora disponibilizada nenhuma denúncia nos respectivos autos de inquérito policial, razão pela qual a defesa desconhece o teor de eventuais imputações.

De todo modo, cumpre reafirmar que todos os contratos públicos de responsabilidade das empresas Bone Medicina, Medtrauma Centro Especializado e Curat Serviços Médicos, foram executados a contento, registrando-se a defesa desconhece a existência de indícios que indiquem o contrário.

Não é por outra razão que o relatório da autoridade policial não indiciou os gestores das empresas acima mencionadas pela prática nenhum crime licitatório ou contra à administração pública.

Por fim, informa a defesa que eventuais acusações, acaso formalizadas, serão devidamente esclarecidas perante o Poder Judiciário.
 
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