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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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JUSTIÇA ELEITORAL

Por falta de provas, juíza arquiva último inquérito contra Taques baseado em delação de Malouf

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Por falta de provas, juíza arquiva último inquérito contra Taques baseado em delação de Malouf
A juíza Rita Soraya Tolentino de Barros, da 51ª Zona Eleitoral, homologou o arquivamento do inquérito proveniente da delação premiada do empresário Alan Malouf contra o ex-governador Pedro Taques. Na mesma sentença, Rita atendeu pedido do Ministério Público para que Malouf seja investigado pelo crime de delação caluniosa. Decisão foi proferida nesta terça-feira (12).

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No âmbito da Operação Sodoma, deflagrada para combater crimes de corrupção praticados por uma organização criminosa no Estado, Alan Malouf delatou que Taques teria sido beneficiado, em 2014, com doações de R$1 milhão para sua campanha.

Conforme Malouf, o valor milionário não teria sido contabilizado em sua respectiva prestação de contas, feitas por meio de diversos cheques, sendo que apenas uma parte foi compensada pelo presidente da Associação Sucro-Alcooleiro de Mato Grosso, Piero Vicenzo Parini.

Contudo, examinando os autos, a magistrada anotou que Malouf não apresentou provas ou indícios de veracidade das acusações, tampouco juntou os supostos cheques entregues por Piero à Taques, bem como não comprovou o recebimento dos valores por ele.

Outro envolvido no caso, o ex-secretário de Estado Pedro Nadaf contou à Justiça que Taques, em momento algum, teria conhecimento sobre a doação supostamente realizada pelo segmento Alcooleiro de Mato Grosso, tendo, inclusive, a autoridade policial concluído pela falta de elementos de prova de materialidade delitiva. Isso resultou na manifestação da Promotoria Eleitoral pelo arquivamento do inquérito.

“Analisando os autos e, esgotadas as diligências investigatórias da alçada da polícia investigativa, a autoridade policial emitiu o parecer conclusivo, no qual concluiu pela inexistência de conduta que se amolde a ao crime de delação caluniosa em desfavor de Alan Malouf e, denota-se que não há justa causa para a continuidade investigativa. E, diante do parecer, acolho a pretensão Ministerial e homologo a promoção de arquivamento dos autos do inquérito”, proferiu a magistrada.

Além disso, ela atendeu pedido ministerial para que o empresário seja investigado. No dia 7 deste mês, ao se manifestar pelo arquivamento do feito, a promotora eleitoral Marcelle Rodrigues da Costa e Faria pediu que a Polícia Civil instaure inquérito contra Maluf para apurar a prática, em tese, do crime de delação caluniosa. O pleito foi atendido.

Outros arquivamentos

Na semana passada, outros dez inquéritos policiais instaurados contra Taques, provenientes da delação premiada firmada pelo empresário Alan Malouf, foram arquivados pela Polícia Federal e Justiça Eleitoral. Após homologação, Taques pediu que Malouf responda pelo possível cometimento do crime de denunciação caluniosa.
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