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Sábado, 27 de abril de 2024

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FAMÍLIA MARTELLI

Por dívidas de R$ 244 milhões, mais um grupo do agro em MT pede recuperação judicial

Foto: Assessoria

Por dívidas de R$ 244 milhões, mais um grupo do agro em MT pede recuperação judicial
Os Martelli, família de produtores de soja, milho e algodão em Mato Grosso, entraram com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Regional e Especializada em Recuperação Judicial e Falência de Cuiabá, declarando dívidas de R$ 244 milhões. A agropecuária apontou que sua crise começou após três quebras de safras causadas por questões climáticas e doenças que acometeram as lavouras de soja.

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Com três mil hectares de terras próprias e mais 2,8 mil hectares de terras arrendadas para cultivar soja, milho e algodão, o grupo familiar acionou a Justiça visando se restabelecer economicamente e a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, em decisão preliminar, nomeou para realização da verificação prévia, a empresa FAF Administração Judicial e Consultoria, antes de deferir o pedido de processamento da recuperação judicial.
 
No pedido, a família composta pelo produtor rural Altivir José Martelli e seus filhos Willian Paulo Martelli e André Luiz Martelli, que possuem atividades em Nova Maringá e São José do Rio Claro, alegam que a crise se agravou a partir de 2020, com o surgimento da doença conhecida como anomalia da soja, que ocasionou a perda de quase 30% da produção naquele ano. 
 
Além disso, nas duas safras seguintes, com a instabilidade do mercado durante a pandemia, e o alto custo de produção, além da escassez de chuva no início da plantação e excesso durante a colheita, houve perda de peso e qualidade da produção. 
 
A quantidade de pedidos de recuperação em Mato Grosso, sobretudo no setor do agronegócio, cresceu exponencialmente em 2023 e, com a quebra de safra já dada como certa de 20% a 30%, para o próximo ano, essa tendência é aumentar. 

A defesa deles afirma que a projeção do lucro da produção, por si só, não permitirá o reequilíbrio natural das dívidas, devendo haver desmobilização para equacionar o passivo com os credores em um ambiente negocial mais equilibrado. 
 
"Atualmente, mesmo com todas as dificuldades no cenário econômico, o Grupo se encontra em plena atividade, com mais de 50 funcionários diretos e inúmeros indiretos, gerando empregos e renda, porém com descasamento entre patrimônio e caixa. O grupo necessita o amparo da Lei de Recuperações Judiciais para se manter no mercado, e alavancar sua atividade novamente dentro de um cenário mais estável e regularizado, equilibrando seu passivo circulante com ativo", ponderou Allison Sousa.  


(Com informações da assessoria)
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