O juiz Rafael Depra Panichella recebeu denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) e tornou réu Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado de estuprar e assassinar Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos e suas três filhas, no trágico episódio que ficou conhecido como “Chacina de Sorriso”.
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Decisão que recebeu a acusação foi dada na última sexta-feira (15), porém não há maiores informações sobre sua fundamentação, uma vez que o caso tramita em segredo de Justiça. A assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) confirmou a ordem do magistrado nesta segunda (18).
Gilberto foi preso em flagrante no último dia 27 de novembro, dias após os corpos das vítimas serem localizados. Ele foi encontrado enquanto trabalhava em uma obra ao lado da casa da família.
A dinâmica dos assassinatos foi investigada por peritos criminais que realizaram vistorias na residência da família. As vítimas foram esfaqueadas e abusadas sexualmente em um período de 48 horas.
De acordo com análise do local, três das vítimas estavam com sinais de esgorjamento, ou seja, com cortes profundos no pescoço. Gilberto teria entrado pela janela da residência na sexta-feira do dia 24 de novembro para cometer o crime.
Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, foram encontradas mortas no corredor. Já Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram encontradas uma em cada quarto.
No dia da prisão, foram apreendidos com o criminoso peças de roupas íntimas das vítimas e o mesmo par de chinelo usado no crime.
Devido à repercussão do caso, ele precisou ser transferido para uma unidade penitenciária em Sinop, já que havia informações de que ele poderia ser agredido.
Durante o interrogatório, ele confessou ter cometido os assassinatos e estupros e alegou que estava sob efeito de entorpecentes. Gilberto já era procurado pelas forças de segurança por ter estuprado uma mulher no mês de setembro, em Lucas do Rio Verde. Ele também tinha dois mandados de prisão em aberto.
