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Sábado, 04 de maio de 2024

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RINHA

Delegado manda sacrificar galos de rinha e donos entram na Justiça

Foto: Reprodução/ilustração

Delegado manda sacrificar galos de rinha e donos entram na Justiça
A conduta do titular da Delegacia do Meio Ambiente, Vitor Hugo Teixeira, está sendo questionada por dois donos de galos de rinha que o acusam de ter cometido abuso de poder na ocasião de uma apreensão de aves de briga em Nossa Senhora do Livramento (a km de Cuiabá), no dia 26 de janeiro. Ambos entraram com uma representação administrativa e outra criminal contra o delegado, já que os animais apreendidos foram doados e mortos em seguiga para alimentar animais do zoológico.

De acordo com o advogado Marcos Gattass – que representa Edson Valdonado e Luis Carlos Ribeiro Santana – foi acionada a Corregedoria da Polícia Civil para que seja instaurado um processo disciplinar, enquanto a criminal pede ao Ministério Público que investigue o procedimento policial no dia da apreensão.

O advogado acusa o titular da Dema, de ter agido com truculência. “Ele queimou objetos que estavam no local, como gaiolas e caixas que eram utilizadas para guardar os galos e estes, foram levados sem a produção de um termo de apreensão. Essa é uma espécie de lista que diz qual animal é, de quem é, qual o valor e isso não foi feito”, garante.

Ele disse ainda, que ao contrário do que foi declarado, os animais estavam bem cuidados e sadios e tampouco eram tratados à base de anabolizantes. “Não tivemos como produzir provas, porque eles foram levados e não foram examinados por um veterinário. Eles não sofriam maus tratos, não eram treinados, só tinham um instinto aguçado para briga, eram galos territorialistas. Já pedi um estudo sobre isso”, explica.

Já o delegado Vitor Hugo Teixeira, diz que ainda não foi notificado nem pela Corregedoria e nem pelo Ministério Público, mas afirma que agiu de acordo com a lei, respaldado pela perícia da polícia técnica (Politec). Quanto à doação dos galos para o Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ele afirma que esse procedimento sempre foi adotado.

“Cerca de 99% dos galos apreendidos em rinhas não servem para consumo humano, além de sofrerem problemas físicos. A doação é amparada pelo artigo 25 da lei de crimes ambientais 9605/98”. O delegado afirma que há um laudo pericial. “Entre a apreensão e a doação foram quatro dias. Os galos foram apreendidos no sábado, dia 26, na segunda-feira foi feita a perícia e na terça-feira, a doação”. 
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