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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Criminal

PROCESSO TRAVADO

Após atraso, Justiça ameaça acionar OAB para que defesa de Eder apresente alegações finais

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Laura em visita ao ex-secretário Eder Moraes

Laura em visita ao ex-secretário Eder Moraes

Após onze dias de atraso, a Justiça federal em Mato Grosso intimou, na quinta-feira (25), o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes Dias a entregar as alegações finais em uma das sete ações provenientes da Operação Ararath. Caso os fatos levantados pela defesa do réu não sejam apresentados, o magistrado Jeferson Schneider rogará pela intervenção da OAB-MT.

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O ex-secretário figura como réu junto com Luiz Carlos Cuzziol, superintendente do Bic Banco, e Laura Tereza Dias. Conforme os autos, Laura, esposa de Eder, serviu como “testa-de-ferro” para o recebimento de valores entre os anos de 2009 e 2010. O esquema ganhou forma graças à abertura de uma microempresa de fachada com o objetivo de realizar transações clandestinas. A sentença do processo será proferida somente após a apresentação das alegações finais.

“Intime-se mais uma vez a defesa técnica do acusado Éder de Moraes Dias para que apresente imediatamente as suas alegações finais sob pena de expedição de ofício à Ordem dos Advogados-MT“, publicou a justiça Federal. Os advogados de defesa de Cuzziol entregaram as alegações finais no dia 09 de junho. Laura Dias enviou os últimos documentos na terça-feira (23).

Moraes está preso desde o dia 1º de abril, após averiguações sobre supostas operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado, sempre em nome de terceiros (laranjas), com o notório intuito, segundo denúncia, de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro de bens pedidos em decorrência da Ararath.

A Operação investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.
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