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Domingo, 05 de maio de 2024

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com 24 facadas

Assassinos de empresária morta a mando do marido são julgados; família da vítima pede condenação máxima

Foto: Lucas Bólico/OlharDireto

Família pretende fazer manifestação no dia do julgamento

Família pretende fazer manifestação no dia do julgamento

Maycon José Cardoso, Daniel Paredes Ferreira e Kleber Azevedo dos Santos denunciados pelo  assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto,  no dia 16 de novembro de 2011 a mando do seu marido, irão a  júri popular na manhã da próxima quarta-feira (20),  a partir das 8h.  A empresária foi morta com 24 golpes de faca.  Os familiares da vítima planejam realizar uma manifestação em frente ao Fórum de Cuiabá cobrando uma pena exemplar para os criminosos.  Até o momento, o mentor da ação, Damião Francisco Rezende, permanece preso, mas ainda não designada data para que vá à júri popular.

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“Nós estaremos todos lá com os familiares, parentes e amigos. Cobramos que a justiça seja feita. Queremos que as pessoas que já tenham passado por algo parecido compareçam e nos ajude nesta batalha. A participação de todos é muito importante para nós”, afirmou a sobrinha da vítima, Karine Peixoto.

Os familiares planejam estar a partir das 08 horas em frente ao fórum da capital mato-grossense com faixas, camisetas e cartazes: “O julgamento de agora é o mais importante, pois será quando eles vão receber a pena pelo crime que cometeram. Eles tem de pagar por tudo que fizeram, temos fé e esperança”, disse a sobrinha.

“Confiamos que eles todos sejam condenados pelo que fizeram, que paguem o mesmo preço. Sabemos que não vai trazer ela de volta, mas isso é o mínimo que pode ser feito. Vamos mostrar que não estamos parados”, finaliza Karine.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a empresária Ângela Cristina Peixoto foi morta com 24 facadas a mando do próprio marido, Damião Francisco Rezende. De acordo com a acusação ele teria pago R$ 3 mil, uma caminhonete S-10, além de objetos da residência para que Maycon José Cardoso, Daniel Paredes Ferreira e Kleber Azevedo dos Santos executassem a vítima.

Maycon e Daniel, apontados como autores do assassinato, foram presos por agentes de Mato Grosso do Sul quando viajavam para a Bolívia, em busca de um carregamento de drogas. Daniel disse ainda que ‘apenas’ 10 facadas teriam sido deferidas contra a vítima e que o marido, escondido no local, observava a mulher ser morta.

O advogado Luciano Augusto Neves, contratado pela família de Ângela, e que atua como assistente de acusação do MPE revelou ao Olhar Jurídico há algum tempo que: “Vamos pedir a pena máxima. Levando em conta a premeditação do crime, o modo cruel como foi executado e o motivo - ligação de Damião com o tráfico de drogas. Acreditamos que Ângela descobriu o envolvimento dele e por isso foi assassinada daquela forma".

Em depoimento ao juízo, familiares da vítima disseram acreditar que Ângela e a filha do casal, uma menor de sete anos - à época do crime-, tenham recebido algum medicamento de Damião. A menor revelou para a tia que não se lembra de ter sido trancada no quarto e que acordou ao ver o pai, chorando, em uma sacada.
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