Olhar Jurídico

Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Geral

Trabalho escravo

Associação registra denúncia na Organização Internacional do Trabalho contra o Exame da OAB

Foto: Assessoria

Associação registra denúncia na Organização Internacional do Trabalho contra o Exame da OAB
O presidente da Associação Nacional dos Bacharéis (ANB), Carlos Otávio Schneider, protocolou uma denúncia junto a Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra o Exame de Ordem realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e sua aprovação como única condição para o bacharel em direito atuar como advogado. Para o presidente a exigência na aprovação do exame fortalece o trabalho escravo do bacharel em direito.


A OIT é uma agência multilateral da Organização das Nações Unidas, especializada nas questões do trabalho. A denúncia junto a OIT foi provocada após uma declaração do representante do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, na última Audiência Pública na Câmara dos Deputados – que debateu o Projeto de Lei 5.277/13 de autoria do deputado Domingos Dutra, que altera o Estatuto da Advocacia, e condiciona entrega de diploma de curso superior à aprovação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Duas faculdades de Direito de MT figuram entre os 50 piores desempenhos no Exame da Ordem

“Na audiência pública, o representante da OAB, disse conhecer um bacharel reprovado em vários Exames de Ordem, mas muito eficiente para fazer petições. A ANB entende a fala do representante da OAB, e que o exame beneficia a manutenção do trabalho escravo do bacharel em direito no Brasil, com a mão de obra barata. A exigência do exame de proficiência da OAB é uma violação contra as garantias e direitos fundamentais, violação ao direito do trabalho e dignidade humana”, esclareceu Carlos Schneider, por meio de assessoria.

A associação sustenta ainda que a exigência de exame de proficiência é dispensada em outras profissões no Brasil, por exemplo: Engenharia Civil, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia e outros. “O curso superior de direito é reconhecido pelo governo brasileiro através do Ministério da Educação (MEC). Daí, não pode um órgão privado como é OAB, aprovar ou não, o bacharel em direito para ser advogado, via exame de proficiência”, disse Carlos Schneider.

Com a denúncia à OIT, a Associação espera conquistar a abertura de trabalho aos formandos do curso de direito, amparados na premissa de que o direito ao trabalho é sagrado e nenhum governo pode criar impedimentos.

Para o presidente da ANB, o MEC é o legítimo destinatário para avaliar o ensino, e não a Ordem dos Advogados do Brasil, um órgão de classe privado que não pertence à Administração Pública Direita e Indireta. A Associação espera ações punitivas e políticas que exijam do Estado Brasileiro medidas cautelares necessárias a fim de afastar a manutenção do Exame de Ordem.

Leia outras notícias do Olhar Jurídico

Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet