Olhar Jurídico

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Administrativo

MORTO EM AUDIÊNCIA

CNJ cobra, de novo, informações do TJ-MT sobre processo contra juiz

Foto: Reprodução

Siqueira

Siqueira

Juiz auxiliar da corregedoria nacional de Justiça, Honório Gomes do Rêgo Filho determinou encaminhamento de ofício ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) para que a presidência do órgão estadual apresente “informações atualizadas” sobre processo administrativo disciplinar (PAD) instaurado para apurar conduta do juiz Marcos José Martins de Siqueira.

A corregedoria do CNJ quer que a presidência do TJ-MT também envie cópia de documento referente à aposentadoria do desembargador Gerson Ferreira Paes, que era o relator do PAD, e informe se outro desembargador já foi designado para a relatoria do caso.

Não é a primeira cobrança feita pela corregedoria em pedido de providências formulado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) contra o TJ-MT e Siqueira. A corregedoria deu mais 15 dias para manifestação do tribunal estadual.

No pedido, a entidade relatou que “teria havido liberação ilegal de um alvará judicial contra espólio, uma vez que suposto morto teria comparecido pessoalmente à audiência” e que “três ações tiveram uma célere tramitação, diferentemente das demais ações do juízo reclamado (terceira vara cível da comarca de Várzea Grande)”. À época, Siqueira figurava como juiz substituto na vara em questão.

No novo despacho, assinado no último dia 18, o juiz auxiliar da corregedoria do CNJ citou já ter solicitado ao TJ-MT o "regular prosseguimento" do processo, “considerando a gravidade dos fatos e que o procedimento já vinha se alongando, ainda que por questões alheias à vontade da Corte estadual”.

O pedido de providências está no CNJ desde 2010. O PAD foi instaurado em 2011. Nas duas situações, o caso está sob sigilo. O Olhar Jurídico apurou que o PAD ainda não tem novo relator. 

Liberação de pagamento

Em 14 dias, Marcos Siqueira liberou o pagamento de R$ 8 milhões à Rio Pardo Agroflorestal – a quantia foi retirada das contas de Olympio José Alves, o morto que teria a dívida com a empresa e que a teria reconhecido em audiência realizada em 2010 mesmo após o seu falecimento, em 2005.

Quando o escândalo veio à tona em nível nacional e em sindicância, o magistrado negou irregularidades. Disse que o processo tramitou rapidamente porque o devedor não questionou o débito. Alegou ter ouvido testemunhas.

Atualmente, Siqueira está atuando novamente na comarca de Várzea Grande, depois de ter passado pela primeira câmara cível do TJ-MT. Ele é cunhado do ex-deputado e conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado Humberto Bosaipo (acusado de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa).


Leia outras notícias no Olhar Jurídico

Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet