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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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ARARATH

Eder Moraes afirma que foi traído pela Polícia Federal e teme pela integridade da filha

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Eder Moraes afirma que foi traído pela Polícia Federal e teme pela integridade da filha
Traído e temente pela integridade da filha. Assim se descreveu o ex-secretário de Estado Éder Moraes para definir como se sentia após ter sido “dispensado” pela Polícia Federal (PF) quando teria tentado cooperar com as investigações de um mega-esquema de crimes financeiros operados em Mato Grosso, investigado na Operação Ararath.

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“Não estou confortável, tenho preocupação com minha integridade de da minha filha que estuda em ******, fui traído pela Polícia Federal, eles me usaram, fui com um promotor acompanhado entreguei documentos nominais de pessoas envolvidas no processo, e a polícia federal disse que nada prestavam”, consta de trecho do depoimento.

A declaração de Éder ocorreu em fevereiro de 2014, durante depoimento ao Ministério Público Estadual, após o trabalho de convencimento do promotor de Justiça Marcos Regenold, o qual levou o ex-secretário ao Núcleo do Patrimônio Público para contar tudo que sabia sobre desvio de dinheiro público nas administrações em que atuou.

Naquela época, foi tentada uma ponte com o Ministério Público Federal, mas as negociações não avançaram. As principais incriminações feitas por Eder Moraes foram ditas exclusivamente aos promotores do MPE. Após isso, ele tenta anular esses depoimentos na Justiça Federal.

Ao Ministério Público Eder contou detalhes de como ajudou às gestões de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) a dar área de legalidade a operações financeiras ilegais. Ele também detalhe as negociações dos entes públicos com o empresário Gercio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, o qual confessou ser operador de um banco clandestino e passou a condição de delator premiado da Polícia Federal neste caso.

Eder Moraes ocupou diversos cargos durante as gestões de Blairo e Silval. Foi secretario de Fazenda de ambos governadores, chefiou a Casa Civil e a Secretaria Extraordinária da Copa durante o governo do peemedebista. Nos inquéritos, é apontado como um dos operadores de todo esquema de crimes financeiros de Mato Grosso.
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