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Domingo, 28 de abril de 2024

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Ararath

Irritada, esposa de Eder chega "muda" para depor e defesa alega que ela assinava cheques 'sem saber'

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Irritada, esposa de Eder chega
De cabeça baixa, calada e visivelmente nervosa. Assim a esposa do ex-secretário de Estado Eder Moraes, Laura Tereza Dias Costa, chegou à Justiça Federal na tarde desta sexta-feira (15) para prestar depoimento sobre crimes de lavagem de dinheiro investigados na Operação Ararath, deflagrada pela Polícia federal.

Após 8 horas de depoimento, Eder afirma inocência e diz que passou fome preso

A dona de casa é apontada como “testa de ferro” de seu marido, Eder Morais, suposto líder de uma organização destinada a captação ilegal e lavagem de dinheiro em Mato Grosso.

Laura optou por não responder a nenhum dos questionamentos pontuados pelos jornalistas que a aguardavam. Irritada, ela chegou a ‘correr’ na tentativa de evitar o assédio da imprensa.

Também irritado, o segurança que a acompanhava chegou a empurrar profissionais da imprensa. De acordo com o Ministério Público Federal, Laura mantinha uma empresa de fachada usada com a finalidade de atender a organização supostamente chefiada por Eder.

O advogado de Laura, Marden Tortorelli, ratificou a versão de que ela não tinha conhecimento no âmbito administrativo da empresa e afirmou que ela assinava cheques e outros documentos sem saber a destinação. “Ela não tinha conhecimento nenhum quanto à gestão da empresa. Essa é a tese da defesa. A gestão da empresa era totalmente feita pelo marido. É uma relação de confiança, são casados há 25 anos”, garantiu. Tortorelli mantém a tese de que Laura não servia como ‘laranja’ ao esquema e nem a organização criminosa’.

Na denúncia do MPF, Laura é apontada como dona da empresa Laura Tereza Costa Dias ME, empresa que recebeu dez transferências bancárias das empresas Global Fomento Mercantil e Amazônia Petróleo, totalizando R$ 565 mil. A confirmação quanto à atuação da empresa, foi feita pelo delator do esquema, o empresário Júnior Mendonça.

A defesa de Laura também informou que a empresa foi criada para administra a carreira artística de uma das filhas do casal, a cantora Monize Costa. “Ela foi criada a em 1995 e nem foi encerrada”. A informação é contraditória ao depoimento de Laura à Polícia Federal em 2013. Na denúncia consta a transcrição da oitiva, onde ela afirma que a empresa teve as atividades encerradas há anos. “Esse depoimento vai ser combatido. Foi realizado sob forte emoção. Ela pode mudar o teor do depoimento em juízo”.

Questionado sobre sua cliente participar de uma acareação com Júnior Mendonça, ele considerou que não existe nenhuma possibilidade, considerando que Laura sequer conhece o principal delator do esquema.

Sozinha

Ao contrário do que afirmou no terceiro dia de seu depoimento, Eder Moraes não acompanhou a esposa até a Justiça Federal. Pelo crime de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, Moraes permaneceu encarcerado por 81 dias. Ele nega qualquer pratica irregular e afirma inocência. Moraes está em liberdade desde o dia 9 de agosto.
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