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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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OPERAÇÃO SODOMA

Justiça examina possível desmembramento em ação que prendeu Silval e ex-secretários

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça examina possível desmembramento em ação que prendeu Silval e ex-secretários
A magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, julgará nos próximos dias o desmembramento da ação nascida no seio da Operação Sodoma. O processo, envolvendo o ex-governador Silval Barbosa e os ex-secretários Marcel de Cursi e Pedro Nadaf, poderá “perder” da lista de réus o ex-procurador do Estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima. Em caso de deferimento da questão, Lima verá um novo procedimento ser aberto em seu desfavor.

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Conforme a defesa, o ex-procurador está morando no Rio de Janeiro, de forma monitorada, pelo uso de tornozeleira eletrônica. As afirmações foram feitas após audiência de instrução frustrada, com pedidos de vistas, na última segunda-feira (18). No mesmo processo, também fazem parte da lista de réus: Silvio Cezar Corrêa Araúju, e Karla Cecília de Oliveira Cintra.

Segundo a denúncia formulada pelo Ministério Público de Mato Grosso, Lima teria sido o responsável pela lavagem de R$ 499.998 em propina na factoring FMC Recuperação de Crédito Ltda., agindo, supostamente, a mando de Silval Barbosa.

Em depoimento à Polícia Civil, Frederico Muller Coutinho, sócio da empresa de factoring, relatou que Chico Lima levou seis cheques no valor de R$ 83.333 para trocar, totalizando quase meio milhão de reais. Parte desse valor foi entregue a Chico em dinheiro, e a maioria foi trocado por cheques de outros clientes da factoring.

A Operação Sodoma foi deflagrada pela Polícia Civil na última terça-feira (15), e investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Foram presos o ex-governador Silval Barbosa, além dos ex-secretários Pedro Nadaf (Indústria e Comércio) e Marcel de Cursi (Fazenda).

O MPE tenta comprovar a existência de organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, por meio de fraudes em incentivos fiscais. A antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas.

A irregularidade foi confirmada pelo empresário João Batista Rosa, colaborador (inicialmente delator premiado) no caso e dono da Tractor Parts.
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